A edição de 1958 da Copa do Mundo FIFA marcou a sexta participação da Seleção Brasileira em torneios mundiais. Naquela ocasião, o Brasil, com um jovem franzino de apenas 17 anos no ataque, chegava pela segunda vez em uma final, que seria mais tarde a primeira conquista.
Após chegar nas finais de 1938 (3º lugar) e 1950 (vice-campeão), a Seleção alcançava a sua segunda final de sua história e tinha em seu elenco, o para muitos, maior jogador de todos os tempos, o “Rei do Futebol”, Pelé.
Levar ou não Pelé?
Antes da convocação final para a Copa do Mundo de 1958, a CBD contratou o psicólogo João Carvalhaes para realizar testes de “avaliação de inteligência e equilíbrio psicológico nos jogadores”. Pelé marcou 68 de 123 pontos, o que motivou Carvalhaes a recomendar a comissão técnica que não levasse Pelé, por ser “obviamente infantil” e não possuir senso de responsabilidade suficiente para um jogo coletivo.
A recomendação não foi seguida, e Pelé integrou o elenco que iria para a Suécia. Foi nesta edição que Pelé começou a sua dinastia com a camisa 10.
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A Copa “de Pelé” de 1958
Nas duas primeiras partidas do Mundial, Pelé começou entre os reservas, atuando como titular apenas terceira rodada. O motivo era de que o jovem havia se lesionado em campo pelo Santos, em um duelo contra o Corinthians.
Na vitória por 2 a 0 sobre a União Soviética, Pelé deu a assistência para o segundo gol de Vavá, além de ter acertado uma bola na trave. Ao iniciar a partida, Pelé se tornou o jogador mais jovem a disputar o torneio.
No jogo seguinte, contra o País de Gales, Pelé marcou seu primeiro gol em Copas do Mundo, eleito o mais bonito de toda a competição. O Rei recebeu um lançamento de Didi e, ao dominar a bola, aplicou um lençol e, sem deixar a bola cair, chutou de pé esquerdo no canto do goleiro. Pelé também foi o jogador mais jovem — 17 anos — a balançar as redes em torneios mundiais.
Em junho, Pelé se tornou o mais jovem a disputar uma final de Copa. Ele marcou dois gols na final contra a Suécia, vencida pelo Brasil por 5 a 2.
Seu primeiro gol, em que aplicou um chapéu no zagueiro antes de chutar, foi escolhido como um dos gols mais bonitos na história das Copas.
Pelé, além de conquistar o tão esperado título de Copa do Mundo, terminou a competição com seis gols em quatro jogos disputados, atrás apenas de Just Fontaine. O camisa 10 também foi nomeado para a Seleção do campeonato.
Anos depois, em 1962 e 1970, Pelé ganha o mundo outra vez, sendo protagonista, sendo decisivo.
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- Pelé, o Rei do Futebol (Foto: Divulgação / CBF)
