Olimpíadas de 1996 – veja como foi a primeira participação do Brasil no futebol feminino

Estreia do futebol feminino nas Olimpíadas trouxe o Brasil para o quarto lugar, com desafios e superação
Matheus Brum
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Matheus Brum
Publicado em 25/07/2024 às 03h52

A estreia do futebol feminino nas Olimpíadas aconteceu em 1996, em Atlanta, nos Estados Unidos, e marcou também a primeira participação da seleção brasileira.

Chegando com pouca estrutura e sob desconfiança, as brasileiras fizeram história ao conquistar o quarto lugar nos Jogos Olímpicos, abrindo caminho para futuras gerações.

Estreia do futebol feminino em Olimpíadas

  • Desafios e contexto da estreia: Detalhes sobre as condições e expectativas para a primeira participação do Brasil no futebol feminino nas Olimpíadas de 1996.
  • Campanha surpreendente: Desempenho do Brasil no “Grupo da Morte”, incluindo os resultados dos jogos contra Noruega, Japão e Alemanha.
  • Semifinal e disputa pelo bronze: Enfrentamento com a China na semifinal e o jogo contra a Noruega pela medalha de bronze, destacando o impacto e o legado da participação brasileira.

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Desafios e contexto da estreia

Em 1996, o cenário era desafiador para o futebol feminino. As jogadoras chegaram a Atlanta com quase nenhuma estrutura e enfrentaram preconceitos e discriminação. Márcia Tafarel, Meg e Formiga, protagonistas dessa jornada, relembram as dificuldades enfrentadas 25 anos depois.

“Aquele grupo de 96 era o patinho feio. Ninguém olhava para a gente. Éramos discriminadas mesmo: ‘Deixa lá no canto, não vai ganhar nada mesmo, deixa lá no Brasil. Só mais uma delegação que vai ter uma passagem rápida e que ninguém vai lembrar.’ E foi totalmente diferente,” contou Formiga, em entrevista ao GE.

Campanha surpreendente

Sob o comando do técnico Zé Duarte, o Brasil caiu no chamado “Grupo da Morte”, ao lado de Noruega, Japão e Alemanha. Márcia Tafarel lembra a tensão inicial:

“A gente sabia da dificuldade. Mas cair no grupo da Alemanha, que tínhamos enfrentado no Mundial e tomado uma cacetada… A gente sabia que era o nosso grupo da morte. Se a gente passasse de fase, ia ser surpresa para todo mundo.”

Na estreia, o Brasil empatou por 2 a 2 com a Noruega e, na sequência, venceu o Japão por 2 a 0. Com a classificação quase garantida, um empate contra a Alemanha bastaria para chegar à semifinal. Um ano antes, no Mundial, o Brasil havia perdido por 6 a 1 para as alemãs. Em Atlanta, o resultado foi diferente: um empate por 1 a 1 garantiu a classificação brasileira.

Semifinal e disputa pelo bronze

Nas semifinais, as brasileiras enfrentaram a China com o sonho de conquistar uma medalha. Saíram atrás no placar, mas viraram o jogo para 2 a 1 com gols de Roseli e Pretinha. No entanto, a falta de estrutura e preparação pesou, e a China conseguiu virar para 3 a 2 nos minutos finais.

“Faltavam menos de oito minutos. Mas começou a aparecer os anos de estrada que faltavam para gente e elas já tinham,” lembra Meg.

Na disputa pelo terceiro lugar, o Brasil enfrentou novamente a Noruega e acabou perdendo por 2 a 0. Apesar da ausência da medalha, a primeira aparição do futebol feminino brasileiro nas Olimpíadas deixou um legado importante e inspirou muitas meninas e mulheres a seguir no esporte.

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Jornalista diplomado pela UFJF, e mestrando pela mesma instituição, tenho passagens por veículos como TV Gazeta (ES), TV Vitória, UOL, Estadão, Yahoo, Folha, Estado...