Olavo Bilac completaria 157 anos nesta sexta; veja sua relação com o futebol

Republicano e nacionalista, Bilac foi quem escreveu a letra do "Hino à Bandeira"
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Publicado em 16/12/2022 às 04h00

 

Seu pai era cirurgião do exército. Olavo Bilac, porém, tinha outra vocação. Ele tentou ser médico. Tempos depois da primeira experiência no estudo, foi para o Direito. Mas, seu hobby era outro. Bilac era encantado por outra coisa. Seus olhos brilhavam por poemas.

 

Nascido no Rio de Janeiro, no dia 16 de dezembro de 1865 – há exatos 157 anos atrás – Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um dos principais representantes do Movimento Parnasiano, que valorizava a formalidade, buscava palavras raras, rimas e composição.

 

Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira de número 15 da entidade. A sua preocupação em atingir a perfeição sempre foi relatada em seus poemas, que seguem os padrões do parnasianismo.  Além de seus textos autorais, colaborou com vários jornais e revistas, como a Gazeta de Notícias, A Semana e o Diário de Notícias. Com esses trabalhos, tornou-se amigo de Machado de Assis, Alberto de Oliveira, Coelho Neto, Raul Pompeia, Raimundo Correia e Aluízio Azevedo.

 

Qual a relação de Bilac com o futebol?

 

No ano de 1901, Bilac foi convidado para batizar o barco Salamina, do Clube de Regatas Botafogo, equipe de remo. Naquela época, o remo era um esporte muito popular. Vale ressaltar que o Club de Regatas Botafogo foi um dos clubes que deu origem ao atual Botafogo de Futebol e Regatas.

 

O Botafogo se tornou uma paixão do Olavo Bilac. Na passagem de 48 anos de existência, o clube escolheu o poeta como patrono. Após uma solenidade cívica, o presidente Augusto Frederico Schmidt fez algumas homenagens em memória do jornalista. Um dos barcos foi batizado com o nome de Via Láctea, um dos mais belos poemas de Bilac.

 

Olavo Bilac completaria 157 anos nesta sexta; veja sua relação com o futebol

Foto: Arquivo histórico

 

A primeira dama do Botafogo, Sra. Ieda Schmidt, foi a madrinha do Via Láctea.

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

 

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Jornalista esportivo apaixonado por trazer as últimas notícias, análises e histórias emocionantes do mundo esportivo para uma audiência diversificada. Comprometido...