Raul Plassmann, ex-jogador e ídolo do Cruzeiro, desabafou nas redes sociais sobre a dívida que o clube tem com ele. De acordo com Raul, o valor é de R$ 334.125,00. Em meio à polêmica da dívida da Raposa na Fifa pela compra do meia Rodriguinho, ele publicou:
“Criaram a SAF. Para mim, oficializou o calote e enterrou os credores. Está recuperando a empresa, o clube para depois pagar. É? Mas primeiro pagou a FIFA, a CBF, deve ter pago a comissão, os advogados, ou ainda está pagando. Só quem não recebeu foi o número de 500 e tantos credores, ex-jogadores, até empresários, funcionários do clube, do mais humilde ao maior. Não interessa. Tá devendo? Paga”, escreveu em postagem.
VEJA TAMBÉM:
++ Quatro jogadores do Flamengo estão entre os 20 mais valiosos do Brasil; confira
++ Quatro clubes finalizaram a temporada de 2022 com 100% da taxa de ocupação dos uniformes
Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!
Raul Plassmann no Cruzeiro
Raul Plassmann é considerado um dos maiores goleiros da história do Cruzeiro. O ex-jogador atuou nas décadas de 1960 e 1970 e foi campeão da Taça Brasil (o primeiro Campeonato Brasileiro do clube) e da Copa Libertadores de 1976. Entre os anos de 2011 e 2020, foi embaixador no departamento de marketing da Raposa, antes de ser demitido sob a justificativa de que seu salário era muito alto.
Plassmann entrou na justiça contra o Cruzeiro e, em 2021, chegou a um acordo de cerca de R$ 300 mil, mas ainda não recebeu boa parte deste valor e foi incluído no projeto de recuperação judicial do clube.
O projeto está, porém, travado desde que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou o impedimento da realização da assembleia de credores no fim de 2022. Na postagem, Plassmann disse não ser contra a recuperação judicial.
“Não tenho nada contra a recuperação do clube, porque é uma história espetacular, porque nós fizemos. Não estou contando coisa para me colocar lá em cima. Eu, Zé Carlos, Dirceu Lopes, Natal, carregamos carrinho de mão para construir a Toca da Raposa, porque o presidente Felício Brandi não tinha mais dinheiro para terminar a construção. É uma coisa pública”, escreveu o ex-jogador, que foi endossado por muitos outros credores do Cruzeiro.
“Quando o calote bater na porta de alguém, é que ele vai entender o que é. O que estou sentindo e que vários estão sentindo. Não é só no clube do Ronaldo, não. O que me espanta é que falo todos os dias a respeito e não repercute absolutamente nada”, concluiu ele.
