Nesta quarta-feira (20), o ex-atacante Robinho foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A 3ª Instância brasileira homologou a sentença que Robinho foi condenado na Itália. No país europeu, Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro cometido em 2013.
A defesa do ex-atacante recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Robinho não seja preso imediatamente, como determinou o STJ. A decisão está no gabinete do ministro Luiz Fux.
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O que Robinho fez para ser julgado e condenado?
O caso em que Robinho foi condenado remonta a 2013. Na época, Robinho jogava no Milan, da Itália. Naquele ano, o atacante foi para uma boate, em Milão.
Durante o período em que esteve na boate, Robinho e amigos estupraram coletivamente uma mulher albanesa, que comemorava aniversário no dia.
As provas da condenação
A justiça italiana usou diversos áudios de ligações interceptadas, que comprovaram o crime do jogador. As conversas com amigos, incluindo Ricardo Falco, também condenado, mostraram que houve o ato sexual e até, que o atacante sabia que a mulher não tinha condições físicas de negar o acontecido.
Nas conversas, a justiça divulgou algumas falas do jogador com os amigos. Uma delas, confirma que a mulher estava bêbada:
Ricardo Falco: Ela se lembra da situação. Ela sabe que todos transaram com ela.
Robinho: O tenho certeza que gozou dentro dela.
Ricardo Falco: Não acredito. Naquele dia ela não conseguia fazer nada, nem mesmo ficar em pé, ela estava realmente fora de si.
Robinho: Sim. Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu.
Isso é nojento demais. Não tem como não torcer para Robinho mofar na cadeia. pic.twitter.com/hZkakMVPFH
— GugaNoblat (@GugaNoblat) March 21, 2024
Julgamento na Itália
O atacante Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro coletivo de uma mulher albanesa. O crime foi cometido em 2013, em Milão – na Itália -, e a sentença não cabe mais recurso na Justiça italiana.
A primeira condenação do então jogador do Milan saiu em dezembro de 2017 e a defesa do atleta recorreu, porém o brasileiro foi condenado em última instância em janeiro de 2022. Em 16 de fevereiro do ano passado, a Justiça emitiu um mandado de prisão internacional.
Advogado da vítima comemora decisão
Em entrevista ao jornalista Adriano Wilkson, do portal UOL, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, comemorou a decisão do STJ.
“Nós estamos absolutamente satisfeitos com a decisão da justiça brasileira, sempre tivemos confiança no Brasil, no seu sistema judiciário. Acreditamos que essa seja a justa conclusão de um processo que se deu na Itália, com todas as garantias para os réus, que foram sentenciados como culpados. Então, não haveria nenhum tipo de motivo para não imputar a pena”, disse Jacopo Gnocchi.