Artilheiro do Grêmio neste início de temporada, Luisito Suárez está escalado para enfrentar o Brasil-Pelotas, na noite desta quarta-feira (25). Além da expectativa de continuar marcando gols para o Tricolor, o uruguaio entra em campo na noite com uma espécie de trauma diante do Xavante.
Para explicar essa história, precisamos voltar 18 anos no tempo, antes mesmo do jogador se tornar o craque do Nacional (URU) que conhecemos hoje. Antes ainda de fazer carreira no futebol europeu. Naquele ano, Suárez esteve no Rio Grande do Sul, pela primeira vez, para disputar um amistoso contra o Brasil de Pelotas.
Eduardo Deconto
Foi em 7 de setembro de 2004, quando Nacional foi convidado para um jogo alusivo aos 93 anos de fundação Xavante. O time uruguaio, sob o comando de Santiago Ostalaza, optou por escalar um time alternativo, formado por jovens atletas, para a disputa no Bento Freitas.
A decisão do técnico era uma tentativa de preservar o elenco principal para um jogo “mais importante”, realizado no final de semana seguinte. Tanto que craques como Loco Abreu e Cacique Medina tampouco viajaram para Pelotas com a delegação.
Eis que, entre os novatos escolhidos por Ostalaza estava um – ainda desconhecido – Luis Suárez, com 17 anos na época. O atleta entrou em campo, enfrentou o Xavante e marcou o único gol do Nacional na partida, que terminou com a vitória do Brasil-Pel por 3 a 1. Foi um dos primeiros gols do atacante na carreira.
Quando balançou a rede, o atacante mostrou saber aproveitar oportunidades. Ele percebeu o rebote de uma bola na trave e marcou. Os gols do Xavante foram de Silvano (de pênalti) e Tiago Rodrigues.
Luisito ainda voltaria ao solo gaúcho para enfrentar o Colorado, principal rival do Grêmio. Foi na partida Nacional x Internacional, pela Libertadores, em 2006. Antes de acertar com o Tricolor, Suárez jogou na Arena, pela Copa América.
Ficha técnica:
Brasil 3 x 1 Nacional (07/09/2004, Estádio Bento Freitas, em Pelotas)
BRASIL: Giovani; Júlio (Ismael), Paulo Roberto, Joel (Renato) e Marquinhos; Careca (Régis), Paulinho (Neuri), Marcos Tora (Róbson) e Silvera (Müller); Diego e Silvano (Tiago Rodrigues). Técnico: Rogério Zimmermann.
NACIONAL: Buryan (Gonçalo Álvarez); Andrich, Sandberg e Velásquez (Curbelo); Rodríguez (De Luca), Juan Molina (Matías Molina), Silva, Goyén (Pablo Álvarez) e Franco (Nicolás); Suárez e Marquéz (Viñoles). Técnico: Santiago Ortolaza.
Gols: Silvano (B) aos 18min do primeiro tempo; Tiago Rodrigues (B) aos 7min, Luis Suárez (N), aos 22min, e Tiago Rodrigues (Brasil) aos 26min do segundo tempo.
Arbitragem: Alexandre Lourenço Barreto, auxiliado por José Carlos Silveira de Oliveira e José Antônio Chaves Franco Filho.
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