Empossado como ministro do Esporte na última quarta-feira (13), em Brasília, na sede da pasta, André Fufuca anunciou nesta quinta (14) a primeira medida da sua gestão: a criação de uma diretoria ligada aos eSports. O novo gestor discorda de Ana Moser, ex-titular da pasta, que afirmou que os jogos eletrônicos não são um esporte.
O que você precisa saber?
- “Tenho uma visão um pouco diferenciada em relação a esse assunto. A gente considera, sim, os esports como um esporte. A gente vê a capacidade e amplitude que ele tem”, disse Fufuca, em entrevista ao site “GE”.
- “Você pode ver a quantidade de torneios que têm em território nacional. É impossível fechar os olhos em relação a essa temática e nós iremos, sim, tratar como esportes, como eu acho que deva ser”, completou.
- O Rio de Janeiro sediou no ano passado o IEM Major Rio, o campeonato mundial do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO). Os ingressos foram esgotados 60 minutos após o início das vendas e, além disso, a competição teve pico de um milhão de espectadores simultâneos.
Ana Moser disse ao UOL, em janeiro, que “o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte”. Apesar da repercussão negativa, a ex-ministra continuou defendendo que o tema ficasse sob o guarda-chuva do Ministério da Cultura ou da Ciência e Tecnologia.
A chegada de André Fufuca, que é formado em Medicina e deputado federal do PP pelo Maranhão, ao Esporte faz parte de uma reforma ministerial promovida por Lula que visa acomodar o Centrão no governo. Durante o discurso de posse, o titular da pasta adotou discurso conciliador.
“Iremos assegurar que o esporte seja uma ferramenta de inclusão para todos os brasileiros. Vamos impulsionar o esporte olímpico, o paradesporto, o amador. O esporte como atividade social e educativa. E também abraçar o esporte de alto rendimento”.
