O atacante Neymar, neste domingo, completa 31 anos. Sem dúvidas, o jogador pode ser encarado como um dos maiores craques nascidos no futebol brasileiro e o símbolo maior da “geração 1992”.
Hoje, não vive uma das suas melhores fases de sua carreira. Em baixa no Paris Saint-Germain, vê parte de sua estrela no clube se apagar, após desempenhos abaixo da média, lesões e a consolidação, cada vez maior, de nomes como Mbappé e Lionel Messi.
Claro, a sua vida profissional não só pode ser vista, apenas, pelos maus momentos: em 13 anos de seleção brasileira, é o maior artilheiro da Amarelinha, ao lado de Pelé, com 77 gols, afora os diversos títulos que conquistou.
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Início
Palmeirense, o jovem Neymar da Silva Santos Júnior nasceu em 5 de fevereiro de 1992, em Mogi das Cruzes (SP). Sua ligação com o futebol vem de berço, já que seu pai, foi atuou profissionalmente, mas sem destaque.
Sua jornada no desporto iniciou no final dos anos 90, quando foi descoberto por Betinho, após uma “pelada” numa praia de São Vicente, litoral de São Paulo. A partir daí, o “Juninho”, como era conhecido Neymar Jr., foi enveredar-se pelo futebol de salão, por intermédio de seu descobridor.
Daí, outros espaços seriam ocupados pelo garoto: os campos de futebol. Fez parte das categorias de base da Portuguesa Santista. Na Briosa, o garoto já demonstrava sua afeição com a bola nos pés.
Em 2003, transferiu-se ao Santos, rival da Baixada. Na Vila Belmiro, chegou como atleta promissor, tanto que, por vezes, equipes do Velho Continente entraram em contato com seus agentes, mas sem sucesso. Dois anos mais tarde, em 2005, assina seu primeiro vínculo com o Peixe.
- > Estreia
Neymar Junior jogou duas edições de Copa São Paulo de Juniores – 2008 e 2009 – com 16 e 17 anos, respectivamente.
Em 7 de março de 09, pelas mãos do técnico Vágner Mancini, estreou no time profissional do Santos, aos 17 anos e um mês, entrou em campo contra o Oeste, aos 14 minutos do 2º tempo, na vitória santista por 2 a 1, em partida disputada no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista.
Pouco mais de uma semana depois, no dia 15 de março, também pelo Paulistão, marcou seu primeiro gol pela equipe de cima: começando como titular, aos 27 da segunda etapa, recebeu cruzamento de Roni e, de cabeça, estufou as redes do Mogi Mirim e decretou o triunfo por 3 a 0.
Naquele ano, o atacante balançaria a rede mais vezes, firmando seu nome mais e mais. Entretanto, seu nome se tornaria nacionalmente conhecido em 2010.
Ali, o Santos apostaria em jovens para a disputa dos torneios a disputar. O então presidente do clube, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, optou em repatriar o atacante Robinho, em baixa na Europa. Sob o comando de Dorival Junior, o Santos dominou as competições que disputou no primeiro semestre do ano – Paulistão e Copa do Brasil, com exibições marcantes, goleadas e alegria com a bola nos pés.
Ainda na mesma época, em agosto, as boas atuações lhe renderam a primeira convocação para a seleção brasileira, para um amistoso contra os Estados Unidos, vencida pela Amarelinha por 2 a 0, com gol de Neymar.
Mas nem tudo eram flores: No final de 2010, seu comportamento, ao ser contrariado pro Dorival, o levou a ser criticado pela imprensa e qualificado como “um monstro” pelo treinador René Simões.
- > Europa
O que era certo é que diversos clubes europeus monitoravam por qualquer movimentação do atleta. Barcelona e Real Madrid eram os ponteiros para lhe tirar do Alvinegro Praiano.
Em 2011, conquistou a Libertadores e o Paulistão, mesmo sendo vice-campeão mundial. Mais tarde, em 2013, os blaugranas desembolsaram a quantia de 57,1 milhões de euros para tirar o craque da Vila Belmiro. Lembrando que os valores pagos, tempos depois, entraram na mira da Justiça da Espanha.
Na Europa, não teve dificuldade de se adaptar. Logo na primeira temporada, foi vencedor da Supercopa da Espanha, após ter sido campeão da Copa das Confederações com o Brasil.
Foram 186 jogos, 105 gols e 76 assistências. Em quatro temporadas, foram oito troféus, sendo uma Champions League (2014-15) – marcando na final contra a Juventus – e um Mundial de Clubes (2015), além de entrar na história como um dos ídolos recentes do Barça, formando um ataque com Lionel Messi e Luis Suárez – o trio MSN.
Durante o ano de 2017, em agosto, o Paris Saint-Germain (PSG), da França, pagou cerca de 222 milhões de euros – R$ 812 milhões – pelo camisa 10 da seleção brasileira. Logo na segunda partida pelos tricolores, já balançou as redes.
Na França, permanece até os dias de hoje, com, até o momento, tendo 169 jogos, 117 gols e 75 assistências. Mas fato é que Neymar poderia ter muito mais partidas com a 10 do PSG. Na capital francesa, passou 611 dias parado por lesões, segundo consta no Transfermarkt.
Mesmo assim, já foi campeão em 13 vezes e um vice-campeonato da Champions League, perdendo para o Bayern de Munique, na decisão da edição 2019/20.
- > O que falta?
Hoje, Neymar vive uma fase descendente de sua jornada de 14 anos no esporte bretão. Aos 31 anos, tem seu menor valor de mercado em quase 10 anos – 75 milhões de euros.
Constantemente, é alvo de críticas por parte da imprensa brasileira e francesa, principalmente por seu comportamento fora de campo e, dentro dele, não render o esperado.
Em 2022, por exemplo, disputou sua terceira Copa do Mundo pelo Brasil, onde só foi campeão em duas vezes – Copa das Confederações, de 2013 e Jogos Olímpicos, em 2016. Novamente, não foi o mesmo de outrora, sofrendo com a forte marcação e com problemas físicos. Questiona-se, também, seu futuro com a Amarelinha, pensando em um novo ciclo de Mundial, visando a edição de 2026.
Voltando ao Paris, a mídia, vez ou outra, noticia que seu time quer negociá-lo. Por lá, viu seu status de super-estrela, ruir com o tempo e o surgimento de novos craques, como Kylian Mbappé e Lionel Messi, que deixou o Barça para se juntar ao projeto parisiense que, só será completo, ao vencer a Champions League, feito que o brasileiro não entregou. Mas, claro, com ele, esta meta poderá ser cumprida.
Respostas a estes questionamentos não poderão ser respondidos, agora. Fato é que Neymar está na galeria dos maiores jogadores produzidos pelo futebol brasileiro e que o mundo da bola viu.
- > Dados
- Maior artilheiro da seleção brasileira, empatado com Pelé, com 77 gols + 56 assistências
- 585 jogos por clubes / 124 na seleção
- 360 gols e 212 assistências (clubes)
- 53 premiações individuais
- Artilheiro do Santos no Século XXI
- Jogador brasileiro com mais indicações ao prêmio de melhor do Mundo da Fifa – 9 vezes e da Ballon D’Or – 10.
- 49 títulos coletivos (somando os oficiais e não oficiais)
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