O cantor e compositor MC Bin Laden, dono do hit “Tá tranquilo, tá favorável”, que bombou em 2016, abriu um processo contra a EA Sports. A empresa criadora dos games FIFA teria usado sem autorização a coreografia, criada pelo cantor, no jogo. Bin Laden pede R$ 120 mil de indenização por danos morais e materiais.
Em entrevista ao podcast G1 Ouviu, o cantor revelou o processo, além de ter falado sobre o sucesso em 2016 e a tentativa de reorganizar a carreira, incluindo a busca de direitos que alega não ter recebido. O caso do game seria um deles.
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Jogadores faziam dancinha em comemoração, incluindo Neymar
O hit “Tá tranquilo, tá favorável” foi um dos maiores sucessos da música do Brasil entre 2015 e 2016. A coreografia, feita por Bin Laden no clipe, também ficou bastante popular. A dança consistia em cruzar os braços e fazer o sinal da Hang Loose, o “famoso sinal do Ronaldinho”, conforme citado na letra. Na época, vários jogadores de futebol comemoravam com a dancinha, incluindo Neymar.
A empresa que cria e vende a franquia do jogo com a licença da Federação Internacional de Futebol (FIFA), EA Sports, incluiu a dança como uma opção de comemoração do gol dos jogadores.
Ação foi suspensa pelo STJ
MC Bin Laden entrou com a ação no dia 15 de junho de 2022, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP). Jeferson Cristian dos Santos de Lima (nome do artista), pediu R$ 60 mil por danos morais, e R$ 60 mil referente a danos materiais pelo uso sem autorização da dança criada por ele.
Existem mais de mil ações de jogadores de futebol pedindo indenização para empresas de games, por uso indevido de imagem. Em dezembro de 2021, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo de Tarso, suspendeu todas essas ações no Brasil. O magistrado tenta unificar os entendimentos e dar um tratamento igual aos casos, com o intuito de evitar um caos de decisões diferentes nos tribunais pelo país.
Apesar de não ser jogador, o processo de MC Bin Laden contra a EA Sports também foi suspenso, até que o STJ libere o andamento deste tipo de processo. O advogado do artista e de vários jogadores nestas ações, Luis Felipe Cunha, afirma que é “uma tremenda injustiça, na medida em que a imagem de nossos clientes é utilizada sem qualquer contraprestação para geração de riqueza de algumas empresas do segmento”.
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