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Mineirão sinaliza que não recuará de direito em contrato em audiência com Atlético-MG e Cruzeiro

Minas Arena, administradora do Mineirão, é criticada por dirigentes do Galo e da Raposa
Publicado em 04/04/2023 às 21h44

Representantes de Atlético-MG, Cruzeiro e Minas Arena se reuniram nesta terça-feira (04) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para debaterem a execução do contrato entre a administradora do estádio e o Governo do Estado. A empresa afirmou que não recuará dos termos do acordo previstos na Parceria Público-Privada (PPP) estabelecida com o Governo do Estado, que autoriza a comercialização de 54 mil lugares para os clubes. 

“Desde sempre, as portas estão abertas. É do nosso interesse trazer todos os jogos possíveis para o estádio. As datas devem ser compartilhadas com os clubes. (…) As regras entre concessionárias e clubes estão determinadas claramente no contrato de PPP. Menos que isso, não. Qualquer receita que a Minas Arena abra mão, ela é responsabilizada pelo estado de Minas Gerais”, afirmou Samuel Lloyd, diretor comercial da Minas Arena.

 

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Minas Arena

Lloyd disse também que o Mineirão é importante para a movimentação da economia de Minas Gerais, uma vez que injetou R$ 662 milhões no Estado por meio de eventos esportivos, sociais e o Museu de Futebol.

“Nosso objetivo é levar cada vez mais jogos de futebol, quando for possível, para o Mineirão. O nosso histórico mostra isso, e é isso que vamos trazer. A vontade e necessidade é que consigamos atender 100% da necessidade de jogos de Cruzeiro, Atlético, América, e qualquer clube mineiro que deseja ser mandante no Mineirão” disse ele.

Ao afirmar que o estádio tem “eterna prioridade pelo futebol e pelo cumprimento deste contrato”, muitos dos presentes se exaltaram, questionaram e ensaiaram gritos de “vergonha, vergonha”.

Cruzeiro e Atlético-MG x Mineirão

No início deste ano, o Cruzeiro rompeu os vínculos com a Minas Arena e contesta o cumprimento do acordo entre a empresa e o governo de Minas, alegando prejuízo para o clube nos jogos disputados no Mineirão. Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, também já criticou a administradora do estádio por priorizar shows em detrimento de jogos de futebol. 

A ausência do Cruzeiro no Mineirão fez com que o Gigante da Pampulha se tornasse o estádio de Copa menos utilizado no Brasil em 2023. A Raposa fez um acordo com o América-MG para mandar seus jogos no Independência até o final deste ano.

Na reunião, o governo de Minas também apresentou a pauta do Comitê de Esporte, Cultura e Lazer para “acompanhar e discutir produtos e serviços oferecidos pela Concessionária” (Minas Arena). A primeira reunião está marcada para o dia 20 de abril.