Seguindo as comemorações com o título da Copa do Mundo, a Argentina faz comparações em relação aos Mundiais conquistados anteriormente, no próprio país (1978) e no México (1986). Uma delas, que tem sido bastante comum, é em relação a Diego Maradona e Lionel Messi.
O ex-técnico e ex-zagueiro Alfio Basile, “Coco", que treinou a Albiceleste na Copa de 94, nos Estados Unidos, é o único em todo o mundo que treinou os dois craques argentinos. O treinador teve Maradona como jogador em 93 e 94, na seleção, e também trabalhou com Messi entre 2006 a 2008.
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“Os dois foram geniais", diz Basile
Ao analisar a trajetória dos dois camisas 10 da seleção, Basile faz elogios a ambos, salientando que os craques tiveram caminhadas diferentes. Para o ex-técnico, os dois foram geniais, e “escreveram a história do futebol como dois dos maiores de todos os tempos".
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Basile acrescenta, ainda, que olhar apenas para o desempenho de Messi na Copa do Qatar seria simplificar uma trajetória muito mais rica. Para “Coco", Maradona era o personagem que movimentava o restante da equipe, fazendo todo mundo jogar.
"Da mesma maneira que não é possível comparar Messi a Maradona, vejo que não dá também para comparar o Messi do Qatar às suas versões anteriores. Lionel e Diego não jogam no mesmo lugar do campo. Maradona geralmente decidia bem. Ninguém precisava falar nada para ele, Diego sabia exatamente o que precisava fazer. Era um estrategista, muito inteligente. Colocava o time no ombro e fazia todo mundo jogar", explica.
Na opinião do ex-técnico, Messi era um individualista, atuante no último quarto do campo, que descansa quando está sem a bola. "Diego era lento. Já Messi é um avião. Só vi Caniggia com uma velocidade parecida, mas Messi é veloz com a bola, a leva com um barbante. Ele faz o gol ou entrega o gol ao outro, como mostrou agora, dando assistências e definindo. Colocou o time nas costas, como fazia Diego", acrescenta Basile.
Quando questionado sobre o comportamento, Basile falou que sempre via Lionel Messi calado, e que houve uma diferença nesta Copa em relação às anteriores. O ex-técnico enxergou a atitude como autoconfiança do atual camisa 10 da Albiceleste. Já sobre Maradona, enfatizou que “sua presença foi de um magnetismo que poucas vezes vi na vida, não só no esporte", destaca.
Em uma escalação, qual seria o escolhido?
Ao ser perguntado sobre qual seria o escolhido numa escalação, Messi ou Maradona, Basile respondeu:
“É fácil. Começo com Messi. Com ele em campo, certamente estaríamos ganhando, e para fechar o jogo, neste futebol de até sete trocas [como fez a França na decisão] colocaria Maradona em seu lugar, só para segurar a bola e deixar o adversário louco. Seríamos imbatíveis", conclui.
Na oportunidade, o ex-técnico de 79 anos desejou melhoras a Pelé. “Treinei Messi e Maradona e enfrentei Pelé como jogador. Do futebol não posso pedir mais nada, mas não me peça você para compará-los, chega", encerrou o assunto, rindo.
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