Na sua segunda temporada consecutiva na Série A, o Coritiba deve concluir, ainda em 2023, a venda da sua SAF. É esperada a negociação de 90% da Sociedade Anônima a um fundo de investidores.
A empresa que lidera o processo é a brasileira Treecorp Investimentos, que atua em diversos ramos empresariais, cuidando de marcas como Ademicon, Cabana Burguer, Zeedog e Zul Digital. O acordo pode ser de sete a dez anos.
A expectativa é de, no primeiro semestre, o plano ser apresentado e aprovado no Conselho Deliberativo da agremiação, já que este é que define as mudanças neste quesito.
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Formato
A maneira de execução da venda da SAF, no Coritiba, encaminha para um “fundo de private equity”, que investe em empresas de capital fechado e não estão listadas em Bolsa de Valores do Brasil.
Isto quer dizer que interessados (pessoas) poderão comprar partes da Sociedade Anônima. O retorno aos compradores se daria em vendas de atletas, retirada de dividendos – repartição dos lucros entre os acionistas – ou esperar até o clube valorizar e revender.
Um gestor ainda falta ser definido para comandar os paranaenses, com experiência na administração no futebol.
“Pretendemos, durante o ano de 2023, concluir o processo de SAF. Mas é um processo distante e que exige uma série de implicações legais e comerciais para que o clube tenha tranquilidade de estar fazendo um bom negócio, disse o presidente interino do Alviverde, Glenn Stenger, à TV Coxa.
O torcedor tem que entender que nenhum clube médio conseguirá sobreviver no mercado sem ter uma retaguarda financeira pesada. Todos estão se movimentando para tal, a exceção dos gigantes, Palmeiras, Corinthians e Flamengo – (Glenn Stenger)
A corretora XP Investimentos buscou os investidores no mercado. Ela já tinha ajudado na escolha de Ronaldo para comprar a SAF do Cruzeiro.
Exclusividade
Também à TV Coxa, Stenger afirmou que o Coritiba quer ser time único dentro da administração da empresa. Times no Brasil, que se tornaram SAFs, entraram em grandes conglomerados, como o Bahia, que faz parte do Grupo City, e o Botafogo, que está no bojo do norte-americano John Textor, que é dono do Crystal Palace (ING) e do Olympique Lyonnais (FRA), além da 777 Partners, que adquiriu o futebol do Vasco.
“Existem tipos de SAFs. Nós temos que ser prudentes na SAF.. Eu não vou citar nomes, mas eu não posso ter uma SAF que sirva para formar jogador e ser trabalhada como uma filial de outro time. Não, o Coritiba é um time que vai ter investimentos para buscar novos passos no mercado nacional. Não queremos e nem vamos admitir que o investidor transforme a agremiação em um clube satélite“, apontou o cartola coxa-branca.
A Treecorp foi fundada em 2010 pelo empresário Roberto Justus que, há dois anos, afirmava estar em negociações com uma equipe do Brasil, mas não citou o nome.