Apelidado no passado por Luiz Felipe Scolari como “jogador com alegria nas pernas” na Copa de 2014, Bernard conviveu com dramas em sua carreira. Recentemente, deixou o Everton, clube inglês, para migrar ao Sharjah FC, dos Emirados Árabes Unidos.
O mineiro assinou contrato de dois anos, com opção de renovação por mais uma temporada.
Revelado no Atlético-MG, o jogador venceu a Copa Libertadores em 2013, ao lado de Ronaldinho. Com a boa fase, transferiu-se ao futebol ucraniano e foi convocado à Seleção.
Com status de craque, participou da Copa do Mundo em 2014, onde ficou com a sombra de ter participado, como titular, do 7 a 1 diante da Alemanha.
Esquecido na Seleção Brasileira, brilhou no Shakhtar Donetsk, onde permaneceu por quatro temporadas até chegar à Premier League em 2018, de graça.
Trajetória na Inglaterra
Sob o comando de Carlo Ancelotti fez 84 aparições, marcando oito gols. No início, os torcedores dos “Toffees” se mostraram empolgados com suas aparições ao lado de Richarlison, outro brasileiro. O canhoto foi aos poucos caindo no esquecimento e amargando a reserva.
Sua despedida foi de forma memorável. Marcou na vitória por 5 a 4, na vitória contra o Tottenham pela FA Cup, em fevereiro.
Ao sair por um milhão de euros (cerca de R $6 mi), Bernard comentou em suas redes sociais que “fatores externos”, o fizeram sair do time azul de Liverpool.
Sem brilhar em um time inglês, Bernard saiu sob bons olhos para o torcedor do Everton, mas longe daquele jogador projetado pelo Galo.
Em busca do protagonismo
Ao pisar pelo seu novo clube, o Sharjah FC, terá que puxar a responsabilidade de não ser apenas uma coadjuvante, mas o astro principal de uma equipe que almeja vencer o campeonato local.
Talvez este seja o maior desafio de sua carreira pois, ao contrário de Shakhtar e Everton, onde jogador não era a principal estrela.
Ademais, terá que enfrentar o obstáculo de não ser esquecido no Brasil atuando em uma liga sem cobertura esportiva no país e com fama de “local para uma pré-aposentadoria”.
O Sharjah FC vai ser o quinto clube de Bernard. Em todos esses contras, está o pró de, se tiver êxito, será a primeira vez que de fato, se torna protagonista em um time. Algo projetado em seu início, que nunca foi concretizado.