Julgamento da briga entre jogadores do Athletico e Coritiba é marcado para 1º de março; veja detalhes da denúncia

Pancadaria ocorrida no Atletiba no sábado (5) deverá ser discutida por três comissões; Procuradoria quer que punição ocorra ainda neste Paranaense
2023-02-17 23:30:27

 

A 3ª comissão do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) irá julgar, no dia 1º de março, a confusão em campo ocorrida durante o clássico Atletiba, pela sétima rodada do Campeonato Estadual, que aconteceu em 5 de fevereiro (domingo). A discussão deverá passar por três comissões, e cabe recursos.

A data do julgamento antecede o início das disputas pelas quartas de final do Paranaense. Os jogos de ida estão previstos para acontecer no dia 4 ou 5 de março, e a volta deverá rolar nos dias 11 e 12 do mesmo mês.

 

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Procuradoria acrescentou outros envolvidos na denúncia

A Procuradoria queria que o primeiro julgamento antes do mata-mata, justamente para que a punição aconteça ainda no Paranaense 2023. As semifinais estão previstas para 19 e 26 de março, e as finais, para 2 e 9 de abril. Caso não aconteça, a possível pena deverá se estender para o próximo estadual. Se o jogador punido mudar de time, carrega a pena para 2024 no clube que estiver vinculado.

A Procuradoria do TJD-PR manteve, na denúncia, os nove jogadores expulsos, e adicionou o lateral-esquerdo Victor Luís, do Coritiba, que não havia sido expulso pela arbitragem. Os atletas em questão foram:

Athletico-PR: Thiago Heleno, Pedro Henrique, Christian, Pedrinho e David Terans.

Coritiba: Fabricio Daniel, Marcio Silva, Alef Manga e, agora, Victor Luís.

O documento traz como novidade a denúncia duplicada de parte dos jogadores envolvidos na briga, além da citação ao Rubro-Negro, que corre o risco de perder de um até 10 mandos de campo, pontos no torneio, e levar multa de até R$ 100 mil.

O técnico do Coritiba, António Oliveira, que também levou cartão vermelho, também consta na denúncia do tribunal, assim como quatro dirigentes, o árbitro do clássico, e o Coxa.

 

Veja detalhes sobre o motivo de julgamento de cada envolvido

Os atletas expulsos deverão responder pelo artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por “praticar agressão física durante a partida”.

A punição dos jogadores poderá ser de quatro a 12 jogos. Os atletas Pedro Henrique, Thiago Heleno, Fabrício Daniel e Terans poderão ter pena de até 24 partidas afastados, já que estão duplamente denunciados por terem participado de mais de um momento da briga.

Já os dirigentes, serão julgados no artigo 258-B: “invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar”.

A suspensão é de uma a três partidas, e 15 a 180 dias. O técnico do Coxa será julgado por este artigo, e poderá ser suspenso por até seis partidas.

O árbitro José Mendonça da Silva Júnior, também incluído na denúncia da Procuradoria, deverá responder o artigo 266, por “deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha presenciado”. Ele pode ser suspenso de 30 a 300 dias, ou ter que pagar multa de R$ 100 a R$ 1 mil.

O Furacão será julgado pelo artigo 203, que fala em “deixar de disputar, sem justa causa, partida, prova ou o equivalente na respectiva modalidade, ou dar causa à sua não realização ou à sua suspensão”.

De acordo com a denúncia, o Rubro-Negro não ofereceu segurança no estádio durante o clássico, o que acabou gerando a suspensão da partida. A pena para esses casos é de multa de  R$ 100, podendo chegar a R$ 100 mil, além de perda dos pontos em disputa a favor do adversário.

Por sua vez, o Alviverde foi denunciado em dois artigos: no 257, que prevê “participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida, prova ou equivalente”, e no 258-D, que fala das penalidades previstas para os clubes que tenham vínculos com infratores, neste caso os jogadores. Em ambos os artigos, as penas são apenas de multa.

Na semana passada, os jogadores do Athletico Paranaense e do Coritiba foram até a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), convocados para prestar depoimento. Os atletas não falaram com a imprensa.

A primeira audiência no Juizado Especial está prevista para acontecer no dia 30 de maio. Relembre o caso aqui.