Durante o fim de semana, o jornal Estadão expôs um grupo de parlamentares que estariam atuando a favor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no congresso e no senado federal.
Segundo a reportagem, a chamada “Bancada da Bola" tem 22 integrantes de nove partidos políticos diferentes. E alguns nomes tem ligação direta com o futebol.
Bancada da Bola
- A matéria, assinada pelos jornalistas Levy Teles e Vinícius Valfré, apresenta uma lista de deputados e senadores com aliados no Poder Executivo e Judiciário;
- A intenção seria atuar em defesa dos interesses da CBF e na blindagem do presidente, Ednaldo Rodrigues;
- O grupo conta com nomes conhecidos do futebol, como os senadores Romário (PL) e Kajuru (PSB).
Proteção a Ednaldo Rodrigues
No texto, Levy Teles e Vinícius Valfré detalham a atuação do grupo chamado “Bancada da Bola". O mapeamento do Estadão traz nomes de 22 congressistas com suposta atuação legislativa favorável a Ednaldo Rodrigues.
Segundo os jornalistas, os parlamentares teriam impedido que o presidente da CBF prestasse esclarecimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tratou sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Os políticos também teriam atuado nos bastidores para abafar denúncias recentes feitas pela revista Piauí. Na quarta-feira (9), jornalistas da ESPN repercutiram o assunto e foram afastados do programa Linha de Passe.
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Parlamentares da Bancada da Bola
Entre os 22 nomes levantados pela reportagem do Estadão, a reportagem cita alguns como “principais". Os parlamentares integram a Câmara de Deputados e o Senado Federal, de partidos que vão do PT de Lula ao PL de Jair Bolsonaro.
Senadores: Romário (PL), Kajuru (PSB), Davi Alcolumbre (UNIÃO-AP) e Jaques Wagner (PT-BA).
Deputados: Arthur Lira (PP-AL), Felipe Carreiras (PSB-PE) e Orlando Silva (PC DO B-PE), José Rocha (União-Bahia).
Uso de câmeras escondidas
Ainda durante do fim de semana, uma reportagem publicada pelo portal Leo Dias afirma que a CBF teria instalado câmeras de segurança em diferentes pontos da sede, no Rio de Janeiro.
A mando de Ednaldo Rodrigues, os equipamentos foram escondidos em aparelhos falsos do sistema de incêndio, gravando imagens e áudios que seriam enviados a um computador localizado na sala do presidente.
Com acesso exclusivo a áudios e mensagens, Leo Dias apresentou ordens internas dadas por Ednaldo Rodrigues, durante a Copa do Mundo do Catar (2022).
As gravações pertencem a Haroldo Aguiar, funcionário do setor de Tecnologia da Informação da CBF, e mostram ordens internas dadas por Ednaldo Rodrigues.
Jornalistas afastados da ESPN
Seis jornalistas que trabalham na ESPN foram afastados pela emissora após criticarem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na noite da última segunda-feira (7).
Pela informação, divulgada pelo site Uol, os profissionais fizeram análises sobre atual gestão da entidade, sob comando do presidente Ednaldo Rodrigues.
Quem são os afastados
Conforme matéria publicada pelo site Uol, os jornalistas afastados pela ESPN são: Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares.
Durante o programa "Linha de Passe", os profissionais repercutiram reportagem da revista Piauí, publicada no início de abril, sobre gastos milionários da confederação.
No texto, intitulado "As extravagâncias sem fim da CBF", o repórter Allan de Abreu expôs "salários turbinados, mordomias e dívida milionária", no que chamou de "uma radiografia da gestão de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF".
Com o afastamento dos seis comunicadores do Linha de Passe, a edição de terça-feira (8) foi conduzida pelos jornalistas André Pilhal, André Kfouri, Breiler Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi.