John Textor enviou um documento em resposta ao inquérito aberto pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) relacionado às declarações do proprietário da SAF Botafogo sobre possível manipulação de resultados no futebol brasileiro.
John Textor responde ao STJD
- Advogados de John Textor não divulgaram áudios e relatórios no documento enviado ao STJD;
- A defesa de Textor argumenta que o STJD não tem competência para atuar no caso e defende apresentar as evidências apenas ao Ministério Público;
- Caso não se pronunciasse até a data-limite estipulada pelo STJD, Textor poderia ser denunciado e julgado pelo artigo 223 do CBJD, com possibilidade de suspensão e multa.
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O que alega a defesa de John Textor?
O documento, ao qual o portal Globo Esporte teve acesso, não incluiu áudios e relatórios, mantendo a decisão de apresentar as supostas provas apenas ao Ministério Público do Rio de Janeiro e de Brasília, conforme divulgado anteriormente pelo site.
No documento enviado do STJD, os advogados de defesa de John Textor indicaram que a exibição dos documentos ao tribunal esportivo seria “ilegal" e afirmaram que o norte-americano está reunindo evidências para prestar esclarecimentos aos torcedores do Botafogo.
Em carta, John Textor responde ao STJD e diz que é ilegal exigirem que ele mostre provas de corrupção no futebol brasileiro.
Textor quer que o caso vá para a Justiça Comum. @geglobo pic.twitter.com/wo1TNmhMTI
— Peladeiro de Rua (@peladeiroderua) March 12, 2024
Além disso, os defensores argumentaram que o STJD não tem competência para atuar no caso, destacando que a investigação criminal é de competência da justiça comum.
Vale lembrar que, caso não se pronunciasse até a data-limite estipulada pelo STJD, John Textor poderia ser denunciado e julgado pelo artigo 223 do CBJD, com possibilidade de suspensão de 90 a 360 dias e multa de R$ 100 mil.
Argumentos da defesa
Os advogados argumentaram que o STJD se recusou a abrir um inquérito anteriormente.
Em dezembro, John Textor encaminhou um extenso documento de 70 páginas, embasado em relatórios fornecidos pela "Good Game!", uma empresa francesa especializada na análise de jogos e arbitragem, que apontava supostas irregularidades ocorridas no Brasileirão de 2023.
No entanto, este documento foi arquivado pelo tribunal em menos de 24 horas.
Textor também reforçou a defesa da liberdade de expressão, enfatizando que até o momento não formalizou denúncia alguma nem prestou declarações oficiais em nome da SAF-Botafogo.
Além disso, foi destacada a garantia da não autoincriminação, assegurando o direito de não produzir provas contra si mesmo, como parte do registro apresentado pela defesa.
Os advogados finalizaram a defesa afirmando que, caso John Textor sofra alguma penalidade por não mostrar as evidências ao STJD, que ele seja denunciado no artigo 220-A do CBJD, com multa menor (entre R$ 10 mil a R$ 100 mil) e sem suspensão.
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