Após a confusão generalizada durante o empate em 1 a 1 no clássico entre Athletico Paranaense e Coritiba no último domingo (5), o procurador do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Pedro Henrique Val Feitosa, deverá fazer as denúncias aos envolvidos até o final de semana.
Na súmula publicada nesta segunda (6), o árbitro José Mendonça da Silva Júnior relata ter feito nove expulsões (sendo cinco athleticanos e quatro alviverdes). O procurador disse que os atletas serão denunciados no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e poderão pegar de quatr0 a 12 jogos de suspensão. Os jogadores deverão, ainda, ser julgados por três comissões disciplinares, que cabem recursos ao Pleno e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
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Promotor quer identificar outros envolvidos
Os atletas que levaram o cartão vermelho foram Thiago Heleno, Pedro Henrique, Christian, Pedrinho e David Terans (Athletico-PR); e Fabricio Daniel, Marcio Silva e Alef Manga, além do técnico António Oliveira, todos do Coritiba. A partida foi encerrada antes do previsto por falta de segurança. Torcedores invadiram o campo e também participaram da confusão.
O procurador disse que pretende conversar com o árbitro da partida, para ter mais explicações. Os cinco jogadores expulsos do Furacão dão a possibilidade de W.O, já que a equipe não teria o número mínimo de atletas em campo.
“Ele expulsa oito jogadores, mas tem mais que participam. Estamos analisando com calma para não cometer injustiça e punir todos os envolvidos. Fazemos um exame da conduta de cada e imagino que os que mais participaram vão pegar de cinco a oito partidas", disse Feitosa.
Caso o Athletico Paranaense seja denunciado, poderá ter perdas de mando e de campo.
O clássico Athletiba foi marcado pela confusão generalizada no final da partida.
O jogo terminou empatado em 1×1. #Paranaense2023 pic.twitter.com/DQW5LfHzZb
— Futebol Paranaense TV (@ParanaenseTv) February 6, 2023
Procuradoria quer punir envolvidos ainda no Estadual 2023
Na súmula da partida, o árbitro José Mendonça da Silva Júnior declarou que não conseguiu apresentar o cartão vermelho aos jogadores dentro do campo, por conta do “clima hostil daquele momento".
“A identificação [dos invasores] é exclusão de responsabilidade. Houve uma suspensão e essa falta de segurança é responsabilidade do Athletico. Isso dá a possibilidade em cima do clube. Sobraram só seis jogadores e geraria W.O por não ter o número mínimo, mas ficou uma confusão na súmula [se expulsões foram antes ou depois do fim do jogo] e ainda vamos se cabe para perda de ponto. Queremos ouvir o árbitro", disse o promotor.
Até o julgamento do caso, os nove expulsos da partida cumprem apenas a suspensão automática no jogo seguinte, ao receberem o cartão vermelho. O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) espera que o caso seja julgado pela primeira vez até o final de fevereiro.
A Procuradoria espera que os envolvidos sejam punidos ainda na edição atual do Estadual, que tem as finais previstas para 2 e 9 de abril. Caso não aconteça, a possível punição deverá ser cumprida para o próximo Campeonato Paranaense. Em caso de mudança de time, o jogador carrega a punição para 2024, junto ao clube que estiver vinculado.
“Vamos tentar a punição, ao menos, para o final do torneio, que envolve o mata-mata. A gente já está falando com os procuradores para promover a denúncia o mais rápido possível", finalizou Feitosa.
O primeiro Athletiba de 2023 terminou num empate em 1 a 1, com o primeiro gol marcado por Kaio César, do Coxa, e o Furacão deixando tudo igual com Pablo. Com o resultado do clássico, o Athletico-PR se manteve na liderança do Estadual, com 19 pontos. O Coritiba vem logo em seguida, na segunda colocação, somando 17.
O Furacão volta aos gramados na quarta-feira (8), às 20h (de Brasília), diante do Cianorte, pela oitava rodada do Paranaense. Já o Coxa, enfrenta o São Joseense no domingo (12), às 18h30 (de Brasília).