A vitória por 3 a 0 do Fortaleza sobre o CSA, na última sexta-feira, pela quarta rodada da Copa do Nordeste, ficou em segundo plano após uma denúncia de racismo durante o jogo. Os jogadores Thales e Douglas, do time alagoano, relataram que foram alvos de um grupo de torcedores do Leão do Pici durante o intervalo do jogo, no estádio Presidente Vargas. Segundo os atletas, foram chamados de “cabelo de piaçava”.
A denúncia dos jogadores foi feita ao delegado do jogo e à polícia, que vai abrir uma investigação para apurar o caso e identificar os agressores. Após o apito final na capital cearense, o CSA emitiu uma nota oficial em apoio aos atletas e confirmou que acompanhou seus jogadores na realização de um Boletim de Ocorrência.
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“O Centro Sportivo Alagoano repudia com veemência qualquer tipo de discriminação. Na noite desta sexta-feira (17), dois atletas do CSA, os zagueiros Thales e Douglas, foram vítimas de injúria racial durante a partida contra o Fortaleza, pela 4ª rodada da Copa do Nordeste. O clube acompanhou os jogadores até a delegacia para a realização do Boletim de Ocorrência, logo após o fim do jogo. O ato, inclusive, será inserido na súmula da partida. Reforçamos o nosso total apoio aos dois atletas que, hoje, foram vítimas deste crime de racismo. A luta é nossa e estaremos sempre no combate”, diz a nota do CSA.
Punição contra racismo
O caso de injúria racial contra os atletas do CSA aconteceu na mesma semana em que a CBF anunciou medidas de combate contra o racismo no Brasil. Em reunião na sede da entidade máxima do futebol nacional, as punições previstas são multa de até R$ 500 mil, perda de mando de campo ou jogo com portões fechados ou perda de pontos.
– A CBF colocou que pode acontecer a punição através de ato administrativo da presidência, de acordo com o que vier na súmula com relação a esse tipo de infração. Depois de passar por uma comissão que a CBF vai instituir, esse colegiado vai submeter seu entendimento à presidência da CBF, que vai fazer um ato oficial verificando qual é a pena e encaminhando ao STJD, à Polícia Civil e ao Ministério Público – explicou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.