Jogadores brasileiros criticam Itamaraty pela demora em resgatá-los do Sudão

Quatro atletas e cinco integrantes da comissão do Al-Merreikh tentam fugir da guerrilha armada no país
Escrito por
Publicado em 24/04/2023 às 16h19

 

Jogadores brasileiros sitiados no Sudão, devido aos conflitos entre militares que tentam controlar o país, cobraram ajuda do Itamaraty no domingo (22). Pelo Instagram, Paulo Sérgio, ex-atacante do Flamengo, reclamou da demora do Ministério das Relações Exteriores para resgatar o grupo.

“Não foi o governo brasileiro que conseguiu o ônibus que vai levar a gente para uma cidade afastada daqui, onde iremos dormir e viajar para o Egito amanhã. Esse ônibus foi fretado pelo clube. O governo brasileiro foi omisso”, afirmou o atleta.

No total, nove brasileiros, sendo quatro atletas (Paulo Sergio, Sergio Raphael, Matheuzinho e Alex Silva) e cinco pessoas da comissão do time Al-Merreikh conseguiram embarcar em um ônibus, providenciado pelo clube, para tirá-los da localidade. Eles fazem uma viagem de 24 horas para chegar na fronteira com o Egito, de onde devem voar de volta para o Brasil. Durante o trajeto terrestre, a condução parou em um posto policial para resgatar outras pessoas que desejam deixar o Sudão. 

 

 

VEJA TAMBÉM

++ Mudanças no Twitter: conheça craques e clubes brasileiros prejudicados pela decisão de Elon Musk

++ Atacante brasileiro é preso por agredir a companheira, no Recife

++ Ex-Atlético-MG vive drama com conflitos armados no Sudão

 

Aproveite e siga o Sambafoot no Instagram, no Twitter e no Facebook!

 

A mulher de Paulo Sérgio, Blanca Bullos, classifica a falta de iniciativa do governo brasileiro como um desrespeito ao grupo.

“É um alívio saber que eles estão saindo de lá. Mas, é um absurdo como foi tratado tudo isso. É uma falta de respeito e uma incompetência do governo brasileiro. Eles deixaram lá a própria representante do país. Um representante das Relações Exteriores mandou um áudio para os meninos para que eles cuidassem da funcionária. É muito absurdo tudo isso”, desabafou Blanca.

O conflito entre paramilitares e forças do governo do Sudão começou no dia 15 de abril. A região passa por intensos combates nas ruas de Cartum, capital do país. Já foram registradas mais de 400 mortes e 1,8 mil pessoas ficaram feridas por ataques à bomba. Segundo o  Ministério das Relações Exteriores, já houve contato com os brasileiros.

“O governo brasileiro tem mantido coordenação com outros países que também têm cidadãos em território sudanês sobre ações coordenadas de assistência, a serem eventualmente implementadas a partir do momento em que as condições de segurança permitirem”, informa o Itamaraty.

 

 

Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...