A derrota – de virada – da Alemanha, na estreia da Copa do Mundo, por 2 a 1, para o Japão, não passou impune aos jornais locais. Na imprensa germânica, o resultado na primeira rodada do Mundial recebeu adjetivos como “desastroso” e “chocante” e o fantasma da eliminação na fase de grupos na Copa de 2018 foi muito lembrado.
Criticada desde o último amistoso pré-Copa, após vitória simples por 1 a 0 contra a seleção de Omã, a seleção viu todos os ataques da imprensa retornarem. “Alemanha faz papel de bobo contra o Japão”, afirmou o jornal Welt em sua manchete online.
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O tom usado pelo Welt é semelhante ao aproveitado pelo Bild – um dos principais nomes da imprensa local. Na manchete, o veículo falou em “começo desastroso para a Alemanha”. Durante o artigo que falava da estreia, o jornal sugeriu que o ‘desastre’ é mais um capítulo do Mundial disputado na Rússia, em 2018, quando a seleção tetracampeã foram eliminadas ainda na fase de grupos.
Outro veículo local que criticou os jogadores foi a revista Kicker, que também relembrou do vexame na estreia de 2018 – quando perdeu para o México – e lamentou as diversas chances perdidas pelos jogadores – principalmente com Gundogan e Hofmann em um lance que o goleiro Gonda fez quatro defesas consecutivas.
Trauma de 2018 presente
A Copa do Mundo no Qatar pode apresentar o mesmo roteiro que o Mundial disputado na Rússia para a seleção alemã. No campeonato disputado em 2018, a equipe comandada por Joachim Low estreou perdendo para o México por 1 a 0. Na ocasião, os então atuais campeões mundiais venceram a Suécia na segunda rodada por 2 a 1 e perderam para a Coreia do Sul na terceira rodada, por 2 a 0. Os resultados deixaram os alemães na lanterna do Grupo F.
No Qatar, a conta para se manter viva é simples: uma derrota para a Espanha na segunda rodada somada a uma vitória do Japão contra a Costa Rica elimina o time de Hansi Flick matematicamente com apenas dois jogos disputados. Em caso de empate, vai precisar fazer contas e acompanhar o duelo final entre os Samurais Azuis e “La Roja”.