Guerra à vista: Palmeiras responde CBF após nota de repúdio da entidade

Verdão se diz indignado com nota 'agressiva' e faz oito perguntas à CBF
Publicado em 03/07/2023 às 17h08

 

O Palmeiras respondeu à nota da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que acusa João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, de xenofóbico.

O Verdão disse que a publicação é agressiva, e ainda deixou oito perguntas à entidade.

 

VEJA TAMBÉM:

++ Auxiliar de Abel Ferreira faz duras críticas à arbitragem: ‘Não deixam os melhores ganharem’

++ Palmeiras reclama de não expulsão em lance de pênalti em Endrick; veja o lance

++ Com empate, Palmeiras soma apenas um ponto e vê diferença para líder Botafogo aumentar

Aproveite e siga o Sambafoot no Instagram, no Twitter e no Facebook!

 

Leia o comunicado na íntegra:

 

Diante da agressiva nota oficial divulgada nesta segunda-feira (3) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Sociedade Esportiva Palmeiras propõe alguns questionamentos, sempre no sentido de defender os direitos do clube e contribuir com a melhora do produto futebol:

– Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?

– Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira? 

– Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?

– Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?

– Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?

– Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?

– Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?

– Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?

A Sociedade Esportiva Palmeiras, ao longo dos anos, sempre se preocupou em construir uma relação de saudável parceria com a Confederação Brasileira de Futebol. Há cerca de três semanas, a presidente Leila Pereira esteve na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), para conversar com Wilson Seneme, de quem ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem.

Na semana seguinte, o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Emerson Carvalho, e o gerente técnico do VAR, Periclés Bassols, chegaram a realizar uma palestra para os profissionais do clube na Academia de Futebol, também com a presença da presidente Leila Pereira.

Contudo, diante da nota oficial divulgada pela CBF e dos reiterados erros graves cometidos contra o Palmeiras, entendemos ser este o momento oportuno de demonstrar, em público, a nossa indignação. Não queremos ser beneficiados, mas exigimos que as regras sejam aplicadas com isonomia.

Confiamos na independência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), evocado pela CBF, e temos convicção de que o órgão dará ao auxiliar João Martins o tratamento equilibrado que lhe compete.

 

Entenda o episódio

 

  • O auxiliar de Abel Ferreira criticou a arbitragem da partida, empatada por 2 a 2, na Ligga Arena.
  • O profissional afirmou que situações como as que ocorreram durante jogo são motivos que comprometem a credibilidade do futebol brasileiro.
  • Para a CBF, a manifestação de Martins é “um desfile de grosserias e uma tentativa infantil e até xenofóbica de reduzir a relevância do futebol brasileiro na Europa”.
  • A entidade também destacou os investimentos em aprimoramento da arbitragem.
  • Por fim, a CBF disse que encaminhará o vídeo contendo as declarações João Martins ao presidente e ao procurador do STJD, para providências.