O Grêmio está cauteloso com as finanças para 2023. A queda de receitas, resultado do rebaixamento para a Série B, impactou as contas do clube e preocupa a nova diretoria. O grupo assumiu há uma semana e está estudando possibilidades, principalmente atender duas demandas importantes: aumentar a folha salarial e encarar um empréstimo para equilibrar o caixa.
Nos últimos anos, o tricolor conseguiu manter o setor financeiro equilibrado e conquistar um superávit. Em 2022, porém, o cenário mudou e o clube registra R$ 55 milhões de déficit. A saída, nesse caso, é encontrar receitas extras, seja com a venda de atletas que estão na Europa (mesmo com a regra do percentual envolvido) ou mesmo pedir ajuda aos bancos novamente.
Fábio Floriani, vice-presidente do Conselho de Administração e anteriormente integrante do Conselho Fiscal tricolor, está tratando desses assuntos.
“Estamos deficitários. Precisamos buscar receitas extraordinárias com venda de atletas, valor que pode receber com jogadores que estão na Europa e temos uma possibilidade em que estamos trabalhando: pegar empréstimos. Essa situação foi bem trabalhada nos últimos anos, o clube estava superavitário. Mas agora não estamos bem por conta da queda de receita”, explicou Floriani.
O clube tem pendências financeiras a resolver, a principal delas referente ao pagamento da premiação pelo acesso à Série A. O acordo, assinado entre as lideranças do elenco, Romildo Bolzan, ex-presidente, Dênis Abrahão, ex-vice, além de outros executivos, prevê R$ 5 milhões extras para divisão entre funcionários do departamento de futebol. O valor deve ser quitado até o final do ano.
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Expectativa de gerar receita e fazer contratações
O tricolor espera que a adesão à Liga do Futebol Brasileiro (Libra) possa trazer algum dinheiro ao caixa. A possibilidade é arrecadar até R$ 100 milhões no primeiro semestre de 2023. Por enquanto é uma possibilidade que depende de negociação. A gestão anterior apresentou um planejamento para a folha salarial gremista, sugerindo um aporte de R$ 10 milhões. Outra despesa que deve entrar na agenda do clube na próxima temporada é a reformulação do elenco, além da permanência de Renato Portaluppi, aunciada recentemente.
O Grêmio espera formar um time competitivo, mesmo que isso provoque um gasto mensal maior do que o esperado pela diretoria. Floriani defende que um time forte ajuda o clube a avançar nas competições. O resultado disso é mais receita.
“O primeiro trimestre é mais complexo, por causa das receitas das competições, que começa a ter desembolso com o passar do ano conforme for avançando nos campeonatos”, avalia Fábio Floriani.