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Grêmio deve recorrer a empréstimo para equilibrar as finanças em 2023

Expectativa da nova diretoria é gerar receita para garantir contratações e aumentar a folha de pagamento
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Publicado em 23/11/2022 às 15h50

 

O Grêmio está cauteloso com as finanças para 2023. A queda de receitas, resultado do rebaixamento para a Série B, impactou as contas do clube e preocupa a nova diretoria. O grupo assumiu há uma semana e está estudando possibilidades, principalmente atender duas demandas importantes: aumentar a folha salarial e encarar um empréstimo para equilibrar o caixa.

Nos últimos anos, o tricolor conseguiu manter o setor financeiro equilibrado e conquistar um superávit. Em 2022, porém, o cenário mudou e o clube registra R$ 55 milhões de déficit. A saída, nesse caso, é encontrar receitas extras, seja com a venda de atletas que estão na Europa (mesmo com a regra do percentual envolvido) ou mesmo pedir ajuda aos bancos novamente.

Fábio Floriani, vice-presidente do Conselho de Administração e anteriormente integrante do Conselho Fiscal tricolor, está tratando desses assuntos.

“Estamos deficitários. Precisamos buscar receitas extraordinárias com venda de atletas, valor que pode receber com jogadores que estão na Europa e temos uma possibilidade em que estamos trabalhando: pegar empréstimos. Essa situação foi bem trabalhada nos últimos anos, o clube estava superavitário. Mas agora não estamos bem por conta da queda de receita”, explicou Floriani.

O clube tem pendências financeiras a resolver, a principal delas referente ao pagamento da premiação pelo acesso à Série A. O acordo, assinado entre as lideranças do elenco, Romildo Bolzan, ex-presidente, Dênis Abrahão, ex-vice, além de outros executivos, prevê R$ 5 milhões extras para divisão entre funcionários do departamento de futebol. O valor deve ser quitado até o final do ano.

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Expectativa de gerar receita e fazer contratações

O tricolor espera que a adesão à Liga do Futebol Brasileiro (Libra) possa trazer algum dinheiro ao caixa. A possibilidade é arrecadar até R$ 100 milhões no primeiro semestre de 2023. Por enquanto é uma possibilidade que depende de negociação. A gestão anterior apresentou um planejamento para a folha salarial gremista, sugerindo um aporte de R$ 10 milhões. Outra despesa que deve entrar na agenda do clube na próxima temporada é a reformulação do elenco, além da permanência de Renato Portaluppi, aunciada recentemente.

O Grêmio espera formar um time competitivo, mesmo que isso provoque um gasto mensal maior do que o esperado pela diretoria. Floriani defende que um time forte ajuda o clube a avançar nas competições. O resultado disso é mais receita.

“O primeiro trimestre é mais complexo, por causa das receitas das competições, que começa a ter desembolso com o passar do ano conforme for avançando nos campeonatos”, avalia Fábio Floriani.

Outras ações também ocupam a agenda da nova diretoria: a negociação com um diretor-executivo e a busca por um novo CEO. Rodrigo Caetano não é opção, pois permanecerá no Atlético-MG. Portanto, quem chegar ao Grêmio deverá se ocupar da reformulação do time para a próxima temporada.
Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...