Após o Cruzeiro anunciar esta semana que não mandará jogos no Mineirão neste ano, Fernando Marcato, secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, comunicou que criará um comitê para debater a situação entre a Minas Arena, administradora do estádio, e os maiores times de futebol do estado.
O comitê terá representantes do Governo de Minas Gerais, do Cruzeiro, do Atlético-MG, do América-MG, da CBF e da Federação Mineira de Futebol. “O objetivo é receber a programação dos próximos 12 meses de todas as atividades e eventos que serão realizados no Mineirão, fazer questionamentos e pedir esclarecimentos para harmonizar interesses comerciais, como shows e outras atividades, com a atividade desportiva”, disse Marcato.
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Revisão de contrato
Marcato também afirmou que solicitará uma revisão do contrato de concessão do Mineirão à Minas Arena, que atualmente é válido até 2037. Como o Atlético-MG terá uma nova casa em breve – a Arena MRV -, o Mineirão poderia ficar sem jogos de futebol em 2023.
“A ideia é (…) reduzir esse tipo de desgaste, para que o Mineirão não pare de receber jogos de futebol, que é sua atividade principal. A gente acha que é papel do Estado cumprir com isso. Reforcei nosso pedido de proposta de revisão do contrato”, explicou o secretário.
O comitê deverá se reunir pela primeira vez nos próximos dez dias e depois ter encontros mensais. O objetivo é revisar o acordo com a Minas Arena, mas Marcato não descarta uma rescisão de contrato.
“Sobre romper o contrato, nosso caminho é respeitá-lo e tentar o consenso. Se virar briga judicial, ninguém se beneficia. Mas eu reforcei para a Minas Arena o pedido da proposta para a gente rever o contrato”, concluiu ele.
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