Na última quarta-feira (30), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu uma decisão mantendo a proibição de entrada de torcedores no estádio São Januário, casa do Vasco da Gama, como resultado de punições relacionadas a incidentes violentos subsequentes à derrota para o Goiás em junho passado. A justiça alegou que a área próxima ao estádio continua a representar um cenário de insegurança.
O que você precisa saber:
- Justiça do Rio destaca insegurança nos arredores do estádio como motivo para a manutenção da proibição;
- Governador Cláudio Castro pede uma solução urgente para que o Vasco possa voltar a jogar em São Januário com o apoio da torcida, defendendo a importância histórica do clube e do estádio;
- Promotor Rodrigo Terra, responsável pela interdição, rejeita acusações de elitismo e preconceito feitas pelo clube e outras entidades.
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Após a determinação, o Governador Cláudio Castro, por meio de suas redes sociais oficiais, expressou a urgente necessidade de se encontrar uma resolução para que Gigante da Colina possa retomar suas partidas, com a presença da torcida, na Colina Histórica. Castro enfatizou a importância histórica do clube e do estádio, ressaltando que a situação atual é incompatível com sua rica trajetória. Ele concluiu sua mensagem declarando o apoio ao Vasco e aos moradores da Barreira do Vasco.
É impensável que um clube com toda história que o Vasco tem esteja passando por tudo isso. Vasco, São Januário e Barreira do Vasco são patrimônios do povo brasileiro! TMJ Vasco!
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) August 30, 2023
Apesar de sua declaração favorável ao Vasco, Cláudio Castro não mencionou a licitação do Maracanã, que obteve a aprovação do Tribunal de Contas para um chamamento público. Vale ressaltar que o Governador e o clube já trocaram acusações a respeito da administração do Templo do Futebol, e torcedores vascaínos acusam o político de tentar prejudicar o clube de São Januário por ser torcedor assumido do Flamengo.
Promotor Rodrigo Terra
São Januário permanece interditado devido a uma solicitação de Rodrigo Terra, promotor do Ministério Público e autor da ação que levou à interdição do estádio. Em uma entrevista concedida ao ge, o promotor rejeitou as acusações de elitismo e preconceito feitas pelo clube e por outras organizações, como a Associação de Moradores da Barreira e a Federação de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), considerando tais alegações uma tentativa de “vitimização ridícula”. O promotor tem sido alvo de duras críticas por parte do clube, torcedores, organizações e, até mesmo artistas, que apontam preconceito estrutural nas falas do Rodrigo Terra.
Promotor Rodrigo Terra se manifesta sobre interdição de São Januário: "É uma vitimização ridícula. Não tem nada a ver com isso. O problema foi que explodiram rojões e sinalizadores no gramado e entraram sem a capacidade do estádio de impedir que isso acontecesse." pic.twitter.com/qT0MKIU6Ld
— Palco do Esporte (@PalcoDoEsporte) August 30, 2023
Deputado do Paraná apresenta ação no STF alegando racismo estrutural na Justiça do Rio de Janeiro
Enquanto isso, o deputado Aliel Machado Bark (PV-PR) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), acusando o sistema judiciário do Rio de Janeiro de Racismo Estrutural. Ele solicitou uma liminar que permitisse a retomada dos jogos no estádio São Januário, com a presença do público. A ação encontra-se atualmente sob a análise do Ministro Gilmar Mendes, decano do STF, que tomará uma decisão a respeito do pleito.
O deputado Aliel Machado Bark (PV-PR) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, solicitando uma liminar para que São Januário volte a receber jogos.
A ação foi direcionada ao presidente do STF, Luis Roberto Barroso.
— O debate não é sobre… pic.twitter.com/fnbQxl0w4w
— NewsColina (@newscolina) August 24, 2023
