Goleiro que sofreu gol épico de Pelé, Mão de Onça morre aos 92 anos em São Paulo

Velório e enterro estão previstos para esta quinta-feira, em Itu; Durval de Moraes era viúvo e deixa seis filhos
2023-12-21 15:41:44

O goleiro que sofreu o gol mais bonito da carreira de Pelé saiu de cena nesta quarta-feira (20). Durval de Moraes, conhecido como Mão de Onça, morreu aos 92 anos no Hospital Municipal de Parelheiros, em São Paulo. A causa do óbito é mantida em sigilo. Aliás, o falecimento do ex-goleiro acontece quase um ano após o do Rei, que findou em 29 de dezembro.

O que você precisa saber?

  • Velório e enterro acontecem nesta quinta-feira (21), em Itu, sua cidade natal. As duas cerimônias serão no Velório Barbieri, na Rua Alameda Alice, número 9, no Bairro Jardim Convenção. Mão de Onça era viúvo deixa seis filhos. 
  • O Sambafoot apurou que o ex-goleiro deu entrada no hospital por conta de um AVC e um infarto no início do mês.
  • Durval atuou nos anos 50 e 60 e jogou por São Paulo, Atlético-MG, Juventus-SP, Primavera-SP e Clube Atlético Ituano.

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Em agosto de 1959, o então goleiro do Juventus sofreu o épico gol de Pelé. Em jogo no qual o Santos goleou por 4 a 0, na Rua Javari, o Rei do Futebol chapelou três marcadores, também deixou o goleiro no chão e deu duas embaixadinhas de cabeça antes de testar para o fundo da rede.

“Antes da risca do meio-campo, o Pelé já saiu em disparada. Eu gritei para o Julinho: ‘Olha o Cão, atenção!’. Eu chamava o Pelé de Cão. Pensei que o Julinho ia cortar de cabeça, mas o Pelé matou no peito, tirou a bola, já o encobriu… Depois foram os outros. Fiquei por último… Quando eu levantei, com a bola lá dentro, o Rei comemorando, aquela gritaria toda no estádio, o Clóvis estava debaixo do gol. Se jogou lá, tentando tirar a bola. Olhei para ele e disse: ‘Pô, como é que pode esse cara meter um gol assim, dessa maneira?’ Ele me respondeu: ‘Esse aí é o diabo em forma de gente!’. O Julinho ainda falou: ‘A bola estava no meu peito. Quando vi, sumiu'”, contou Mão de Onça, no documentário “Pelé Eterno”, lançado em 2004.

O gol mais bonito da carreira, segundo o próprio Pelé, tem apenas registros fotográficos. E, após a obra de arte, Pelé comemorou pela primeira vez com socos no ar, celebração que virou rotina a partir daquele dia.