Na tarde desta segunda-feira (25), o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) puniu o atacante Gabriel Barbosa, do Flamengo, determinando uma suspensão de dois anos, sendo contada a partir de abril de 2023.
Com isso, Gabigol só poderá voltar a jogar em abril de 2025, quando, aliás, o atual contrato com o Flamengo não será mais válido. Porém, cabe recurso, e o clube rubro-negro recorrerá à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Gabigol não é o único caso recente no Flamengo
- Em 2017, o atacante Paolo Guerrero retornou de uma data FIFA pela seleção peruana pego no exame antidoping.
- O motivo, na época, foi um chá de coca, muito comum no Peru, mas que foi deflagrado doping.
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O que aconteceu na época?
Guerrero não atuou pelo Flamengo na reta final de 2017 e recorreu à Corte Arbitral do Esporte, conseguindo retornar aos gramados em maio, mediante um efeito suspensivo, até que fosse a julgamento.
Guerrero conseguiu disputar a Copa do Mundo, a primeira do Peru desde 1982, e ainda jogou algumas partidas pelo Flamengo antes do término do contrato, em agosto. Depois de ser contratado pelo Internacional, o peruano teve que se ausentar novamente, voltando a jogar apenas em 2019.
O que o Flamengo disse a respeito da punição de Gabigol?
"Tomando conhecimento do resultado do julgamento do atleta Gabriel Barbosa, no sentido de aplicação de pena de suspensão de 2 anos, até abril de 2025, por 5 votos pela condenação e 4 pela absolvição, o Flamengo vem a público dizer que recebeu com surpresa a referida decisão e que auxiliará o atleta na apresentação de recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS), uma vez que entende que não houve qualquer tipo de fraude, nem mesmo tentativa, a justificar a punição aplicada", escreveu o Flamengo, em suas redes sociais.
Quais são os detalhes da infração de Gabigol?
Gabriel foi acusado no artigo 122 no Código Brasileiro de Antidopagem, que se refere a "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle". O jogador atrapalhou o trabalho da equipe de antidoping, no ano passado, no CT do Flamengo.
Os agentes de controle reclamaram das atitudes do atacante, que não queria fazer o exame. Gabriel não foi realizar o controle antes do treino, ignorou os pedidos de exame após o fim do treino, deixando todos o esperando.
O atacante foi almoçar, retornou e no fim, quando percebeu que não conseguiria fugir da realização, desrespeitou os agentes, os tratando mal e quebrando regras da realização do exame.
Gabigol não queria que um dos agentes estivesse no momento da urina, regra primordial. O jogador foi para o banheiro sozinho, e depois que percebeu que o profissional estava logo atrás, se irritou e devolveu o pote de urina aberto.
A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) notificou o Flamengo em maio, que já havia feito uma defesa do atacante. O clube contratou um advogado para acompanhar o assunto, mas acreditou que nada aconteceria, pelo tempo demorado da decisão.
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