O presidente da Fifa, Gianni Infantino, escreveu uma carta endereçada a todas seleções que vão disputar a Copa do Mundo no Qatar pedindo que elas pensem apenas no futebol e não participem de palestras sobre “batalhas ideológicas ou políticas”. A divulgação do conteúdo foi revelada pela TV britânica Sky News.
O principal objetivo do documento – assinado também por Fatma Samoura, pela secretária-geral da entidade -, é amenizar as críticas aos organizadores do Qatar, acusados por ONGs de violar leis trabalhistas e criminalizar relações entre pessoas do mesmo sexo.
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“Por favor, vamos focar no futebol! Sabemos que o futebol não vive no vácuo e estamos igualmente cientes de que existem muitos desafios e dificuldades de natureza política em todo o mundo. Mas, por favor, não permita que o futebol seja arrastado para todas as batalhas ideológicas ou políticas que existem”, explica um trecho do ofício.
“Na Fifa, tentamos respeitar todas as opiniões e crenças, sem pretender dar lições de moral ao resto do mundo. Uma das grandes forças do mundo é a sua diversidade e se a inclusão tem algum significado, isso passa por ter respeito por essa diversidade. Nenhum povo, cultura ou nação é melhor do que outra”, revela outro segmento.
One Love
Apesar do extenso documento, a carta de Infantino não aborda o pedido das seleções de Inglaterra, França, Alemanha, Holanda, País de Gales, Bélgica, Dinamarca e Suíça para seus capitães usarem braçadeiras multicoloridas. O movimento nomeado de “One Love” é uma resposta contra as leis anti-LGBTQIA+ no Qatar. Independente de sanções da entidade máxima do futebol, os países da bandeira britânica já confirmaram que vão usar a faixa mesmo em caso de proibição da Fifa.
A carta ainda reforçou que o “respeito mútuo” e a “não discriminação” já fazem parte dos valores do futebol. Infantino também garantiu que todas as pessoas, independentemente da sua origem, cor, religião, nacionalidade ou orientação sexual serão “bem-vindas ao Qatar”.