‘Ficha ainda não caiu’, diz primeira radialista a narrar final da Libertadores

Luciana Zogaib narra partida entre Flamengo e Athletico-PR deste sábado (29), pela taça do campeonato
Publicado em 28/10/2022 às 13h41

A final da Libertadores 2022 acontece neste sábado (29), às 17h (horário de Brasília), entre o Flamengo e o Athletico-PR, em Guayaquil. Pela primeira vez, a partida será narrada por uma mulher em uma rádio FM: Luciana Zogaib. Ao lado das repórteres Luciana Campos e Amanda Vianna, a grande decisão será transmitida pela Rádio Roquette-Pinto, do Rio de Janeiro, 94.1 FM.

O momento traz uma pauta importante, que é a representatividade feminina no jornalismo esportivo. Em entrevista ao portal LANCE!, Luciana falou sobre o início de sua carreira no jornalismo esportivo, em 2016, quando criou o projeto Damas do Esporte. Ao lado de outras amigas, a jornalisa escrevia sobre diferentes modalidades. Pouco tempo depois, se dedicaram também às transmissões esportivas.

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Partida será o maior desafio da carreira de Luciana

Logo depois da Copa do Mundo 2018, Zogaib entrou para uma rádio web. Seu chefe procurava por uma locutora esportiva, e a partir daí, veio a vontade da jornalista de entrar no meio das transmissões. A oportunidade foi o pontapé inicial para conseguir outra maior.

“Em 2018, a Fox fez o ‘Narra Quem Sabe’ para selecionar mulheres para narrar na Copa do Mundo. Fui finalista do programa, não narrei a Copa, mas ali foi um divisor de águas para eu encontrar na narração uma possibilidade de ver o meu sonho se realizar”, relembra.

A partir do trabalho nas rádios da internet, o projeto Damas do Esporte passou a fazer programas de bancada semanais e transmissões de competições importantes. Luciana ganhou notoriedade pela narração dos gols históricos de Gabigol sobre o River Plate na final da Libertadores de 2019. Ela estava no estádio, e diz que foi um dos momentos mais marcantes de sua carreira.

Apesar de ter passado por várias outras experiências intensas no futebol, a radialista confessa que a final em Guayaquil é o maior desafio que já teve. Para a jornalista, a oportunidade é importante não apenas para ela, mas também para outras mulheres que podem se sentir inspiradas por Luciana.

“A ficha ainda não caiu sobre a importância disso, mas levo comigo que não é um sonho só meu, mas de outras mulheres, eu poder ser fonte de inspiração para outras mulheres, algo que eu talvez não tenha tido lá atrás. Se eu puder incentivar outras meninas mais cedo, fazer elas acreditarem nos seus sonhos, isso é o mais legal. Que seja só uma semente para outras coisas bacanas”, conclui.

Jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), iniciando a trajetória no jornalismo esportivo no Sambafoot. Já atuei em diversas editorias, mas minha...