Fã de Pelé e Garrincha, Luiz Gonzaga tinha três clubes e está eternizado no futebol

Rei do Baião era muito fã do esporte mais praticado no mundo
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Publicado em 13/12/2023 às 08h00

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, é um dos maiores nomes da música brasileira, até hoje é um dos artistas mais ouvidos e regravados no país com sucessos como “Asa Branca”, “Pagode Russo” e “Xote das Meninas”, mas muito se engana quem pensa que Gonzagão não era um dos milhões de apaixonados pelo bom e velho futebol.

> Embora pouco abordada em sua rica história, Luiz Gonzaga não deixou muitos registros da sua paixão pelo futebol, mas Gonzagão era torcedor de Santa Cruz, Botafogo e Santos.

> Nascido em Exu – sertão pernambucano -, a 630 quilômetros de Recife, Gonzagão completaria 111 anos nesta quarta-feira (13).

> O Rei do Baião nos deixou em 2 de agosto de 1989, aos 77 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

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Para celebrar a grande carreira de um dos maiores nomes da cultura brasileira, o Sambafoot revisita grandes feitos da história do Rei do Baião e suas passagens – pouco contadas – com o futebol.

“Time do Povo” e fascínio por Garrincha e Rei Pelé

Apesar de não ter uma origem confirmada do amor do Rei do Baião por Santa Cruz, Botafogo e Santos, o pesquisador Paulo Vanderley acredita que a torcida pela Cobra Coral se deu por conta do apelido do clube, conhecido em Recife como o “Time do Povo”.

As torcidas por Botafogo e Santos têm uma origem diferente, já que Luiz Gonzaga também morou em Rio de Janeiro e São Paulo e construiu a paixão pelo Glorioso por influência de Dominguinhos e pelo fascínio dos shows de Garrincha com a bola nos pés. Pelo alvinegro de Vila Belmiro, a torcida se deu por conta do surgimento de Pelé. Para acompanhar seus dois times, Gonzagão frequentava o Maracanã – na Cidade Maravilhosa – e o Pacaembu – na Terra da Garoa.

Asa Branca

Entidade da cultura nordestina, Luiz Gonzaga foi eternizado no futebol local com a bola da Copa do Nordeste, batizada com “Asa Branca”, em alusão ao nome da música mais famosa do Rei do Baião. O nome foi escolhido em uma votação online, em 2014, e desde então o objeto recebe atualizações para cada edição do principal torneio regional do Brasil.

Influência na discografia

O amor do Rei do Baião pelo esporte bretão também foi retratado em três músicas. Em “Siri Jogando Bola” (Vi dois siri jogando bola, lá no mar. Vi dois siri bola jogar, lá no mar…) e “Lá vai a Pitomba” (De pé em pé, a bola no gramado, vai de lado a lado. E lá vai pitomba. Do meio do campo, vai para o ataque, que não é de araque…), além do Hino do Batistão – letra criada para batizar o estádio Lourival Baptista, em Aracaju.

História em estádios

A carreira de Gonzagão também ficou marcada por dois shows importantes em estádios de futebol no Nordeste. Em 1969, o Rei do Baião participou da inauguração do Batistão.

“No gramado do Batistão / Enquanto o craque chuta a bola / As crianças dão lição / Nosso estádio tem escola / O estádio de Sergipe / É o mais completo da nação / Dá ao povo futebol / E à infância educação”, diz um trecho da canção.

Quatro anos depois, foi a vez do Arruda – casa do Santa Cruz – receber seu torcedor ilustre. Luiz Gonzaga se apresentou na festa de um ano do estádio e segundo registros de jornais da época, foi o protagonista do evento que também ofereceu campeonatos de futebol amador, apresentações de ciranda e festival de cerveja.

Jornalista formado pela UMESP com quase uma década de experiência. Passagens por Torcedores e Futebol Latino/Lance!. Ainda lembra de assistir aos jogos da Copa do Mundo...