Ex-vice-presidente de finanças do Flamengo detalha reestruturação do time desde 2013

Rubro-Negro está em sua terceira final de Copa Libertadores nos últimos quatro anos, buscando o terceiro título na história.
Publicado em 27/10/2022 às 17h29

No próximo sábado (29), Flamengo e Athletico Paranaense decidirão a Copa Libertadores da América em Guayaquil, no Equador, a partir das 17h (horário de Brasília). É a terceira decisão continental do Mengão nos últimos quatro jogos. O clube passou por uma profunda reestruturação financeira e colhe os frutos desta política que adota desde 2013.

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Em entrevista ao portal Lance, o ex-vice de finanças do Flamengo, Claudio Pracownick, expôs a situação econômica em que o clube estava em 2013: “Recebia 1 real e pagava 13. Era Dívida FC. Falavam que o Botafogo estava quebrado, devendo R$ 1,2 bilhão, mas o Fla seria muito pior. Se era R$ 880 mi em 2013, hoje seria R$ 3 bi”.

Ele ainda falou sobre a pressão da torcida por resultados em momento de dificuldade financeira: “Em momentos dramáticos de que podíamos cair, alguém vinha e pedia: contrata fulano de tal, está na Arábia, vai fazer uma porrada de gols”. Eu falava: ‘amigo, vou chegar em casa e bater a cabeça três vezes de raiva, mas não vou liberar esse dinheiro’. Fizemos um orçamento para ser cumprido. Você acha que eu falava isso feliz? Era um remédio amargo”.

Pracownick ainda fez um alerta aos clubes brasileiros, lembrando a situação de outro gigante: “A gente sempre falava: ‘se tiver que cair, nós vamos cair, mas a gente sobe para nunca mais cair’. O que aconteceu com o Cruzeiro foi o contrário. Caiu e foi ficando. Se não tivesse essa possibilidade da SAF, ele lá ficaria para o resto da vida. Depois vai para Série C, Série D e acaba o clube”.