A investigação a respeito de um possível golpe de R$ 18 milhões contra Dudu, do Palmeiras, avançou nos últimos dias, com uma operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Civil de São Paulo.
Os alvos foram a Nido Clínica de Estética Avançada e Medicina Esportiva, fundada por Thiago Donda, ex-padrinho de casamento do jogador e seu ex-assessor, e a residência de Joelson Aguilar dos Santos, ex-gerente das contas de pessoa jurídica de Dudu no Bradesco.
Operações e apreensões da Polícia Civil
- Durante a operação, os agentes apreenderam telefones celulares, computadores, notebooks, folhas de cheque em nome de Thiago, produtos estéticos, máquinas de cartão de crédito e um HD externo na clínica de estética.
- Na casa de Joelson, a polícia encontrou um telefone celular, documentos relacionados à transferência de veículos e papéis relativos à Mercedes GLA 250, registrada inicialmente na empresa de Dudu e transferida com uma assinatura falsa, sem o conhecimento do jogador.
- Além disso, foram recolhidos na residência de Joelson um boleto bancário em nome da empresa de Dudu e duas páginas de extrato bancário da firma aberta pelo jogador, além da BWF Assessoria Esportiva, de Thiago Donda.
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Entenda o caso
Dos mais de R$ 18 milhões de prejuízo financeiro identificados nas contas de Dudu, aproximadamente R$ 562 mil estão relacionados a transferências fraudulentas envolvendo dois veículos, incluindo o modelo Mercedes mencionado anteriormente.
O episódio teve início no ano passado, quando o jogador do Palmeiras descobriu que a empresa “Dudu Sete Agenciamento de Imagens Esportivas“, responsável por receber seus direitos de imagem do clube, deixou de recolher impostos desde 2018.
Apesar de existir um acordo com as autoridades fiscais para regularizar a situação, e processos judiciais iniciados desde 2022, Dudu não tinha conhecimento dessas irregularidades.
A Polícia realizou na semana passada uma operação de busca e apreensão como parte da apuração do caso Dudu. Os endereços vistoriados foram a clínica do ex-braço-direito do jogador, e a casa do ex-gerente do banco; veja o que será periciado https://t.co/tuGmrjATJP
— Thiago Ferri (@b_ferri) March 12, 2024
Os advogados do atleta alegam que Thiago Donda pode ter utilizado os valores que deveriam ser destinados ao pagamento de impostos da empresa de Dudu de forma indevida.
Diante dessa descoberta, uma auditoria foi iniciada para investigar o ocorrido, resultando no pedido de abertura de inquérito por parte dos advogados do jogador.
Desdobramentos
Thiago Donda, Joelson e Thiago Rocha, ex-escrevente do 19º Cartório de Registro Civil de São Paulo, onde as assinaturas falsas eram reconhecidas, foram mencionados como possíveis envolvidos no processo. A acusação sugere que Thiago Donda não agiu sozinho e contou com a colaboração de funcionários do Bradesco e do 19º Cartório de Registro Civil de São Paulo.
Além disso, a acusação alega ter indícios de que Thiago utilizou valores retirados das contas de Dudu sem seu consentimento para abrir a Nido Clínica de Estética Avançada e Medicina Esportiva em 2021.
As autoridades estão avaliando a possibilidade de crimes como estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa nesse complexo caso envolvendo o jogador do Palmeiras e seus ex-colaboradores.
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