Ex-árbitros indicam preparação para final entre Flamengo x Corinthians: “Não leia jornal”

Além de ter qualidade e competência, algumas precauções em véspera de decisão pode influenciar em boa atuação, recomendam ex-árbitros de futebol
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Publicado em 19/10/2022 às 16h52

No primeiro jogo da final da Copa  do Brasil, faltaram gols, mas sobraram polêmicas: cartão amarelo que suspendeu o volante João Gomes, do Flamengo; pênalti não dado ao Corinthians por toque na mão de Léo Pereira, além da condução do Var no lance mais polêmico da decisão.

Para o jogo da volta, o juiz escaldo é Wilton Pereira Sampaio, que estará na Copa do Mundo no Catar. Porém, mesmo com toda a experiência, ex-árbitros deram dicas para que o responsável tenha uma boa atuação no jogo que decidirá quem é o campeão da Copa do Brasil 2022, em duelo que acontece nesta quarta-feira (19/10) no Maracanã.

Ao Lance!, Arnaldo Cézar Coelho, que apitou a final da Copa do Mundo de 1982, vencida pela Itália contra a Alemanha, falou sobre a tensão esperada para o jogo de logo mais.

“Geralmente, nesses jogos mata-mata, o primeiro jogo é mais fácil do que o segundo. No primeiro, os jogadores se comportam, porque não querem tomar um cartão vermelho ou um terceiro amarelo, então ficam mais comedidos. Nesse Flamengo e Corinthians, tem um lance diferente. A torcida do Corinthians acha que o juiz não teve coragem de marcar um pênalti contra o Flamengo lá em São Paulo e criou um ‘climazinho’. Esse problema de clima sempre vai existir”.

“O árbitro tem que se concentrar e não se preocupar em ler jornal, em ler comentário, não bater papo com o porteiro do prédio, que pode ser corintiano ou flamenguista. Ele tem que ficar ‘cool’, de preferência ver um filme na véspera, dormir cedo, ir com calma e tranquilidade, que é como terá que levar o jogo”, acrescenta Arnaldo.

Já Sálvio Espínola, que atualmente é comentarista de arbitragem, disse que em tese nem deveria haver polêmica, pois, na visão dele, não houve pênalti em favor do Corinthians, apesar de a bola ter tocado na mão do defensor do Flamengo.

“Pelo lance, não é pênalti. É unanimidade no mundo da arbitragem que esse lance não é pênalti. No momento a melhor escolha. É o trio brasileiro para a Copa do Mundo. Wilton já tem finais no currículo, é muita experiência. É o melhor nome disponível para este jogo”.

Ao mesmo tempo, Sálvio adverte que, por mais que o juiz da partida tenha qualidade e competência para o desafio, tomar algumas precauções pode ser útil.

“Não pode acompanhar as notícias e tem que se blindar de reclamações. Sim, é possível entrar tranquilo quando é um árbitro acostumado com este clima, árbitro novato sofre a influência. Nas primeiras finais apitadas foi difícil controlar a ansiedade, mas depois de algumas finais, com experiência, passou a ser mais tranquilo. Isso influencia. A CBF fez concentração dos árbitros com análises de jogos anteriores e estudo de vídeos. Preparação da equipe para o jogo”.

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Graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio de Brasília, onde participou da criação da Agência de Comunicação Nucom. No Metrópoles, passou pelo...