‘Eu tomei um calote de proporções bíblicas’, explica ex-CEO sobre ação judicial contra SAF do Botafogo

Jorge Braga afirma não ter recebido o que foi acordado com o dono do clube, John Textor
2022-10-25 20:00:39

O ex-CEO do Botafogo, Jorge Braga, falou pela primeira vez nesta terça-feira (25) sobre a ação judicial contra o SAF do clube para ser ressarcido e ter o contrato rescindido.

Segundo Braga, ele teria aceitado um acordo proposto pelo dono do clube, John Textor, para receber 70% a menos do que estava combinado como bonificação da venda da SAF. No acordo, Braga continuaria no cargo. Entretanto, o ex-CEO disse que não recebeu nada.

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“Eu tomei um calote de proporções bíblicas. Daqueles de envergonhar antigas práticas amadoras. […] Antes da gente celebrar todos os documentos, eu tinha direito no meu contrato a uma bonificação, pela reestruturação, por tirar um clube que valia menos centenas de milhões para uma venda de mais de bilhão", disse Braga.

Braga afirma ter entrado com ação por não ver outra alternativa

O ex-CEO explica que, no final do trâmite, antes da SAF ser transacionada, Textor teria feito a proposta de pagar Braga “em três anos, sem juros e sem correção monetária pela transação, recuperação e conclusão do negócio".

Desde então, Braga diz que as promessas feitas em março de 2022 nunca aconteceram, e que ficou três meses sem receber nada. “Eu mandei um e-mail, né? Porque é difícil falar com o John. […] No dia seguinte, eu recebo uma carta da SAF dizendo: ‘olha só, vou pagar aqui um pedaço do teu contrato de CEO" […] ‘Então eu vou pagar um pedaço do seu fixo e não reconheço mais nada que foi celebrado com você". Se a tua pergunta é por que eu entrei com uma ação, é porque eu não tive alternativa", completa.

Jorge Braga também falou sobre o “escanteamento" que teria sofrido das suas funções, além do problema de saúde que teve recentemente. Apesar do problema, afirmou que nunca deixou de trabalhar pelo Botafogo, mesmo internado.

Na última segunda-feira (24), o Botafogo se adiantou, alegando que o ex-CEO estava promovendo inverdades, se vitimizando e usando a opinião pública para interferir no processo.