Dando sequência ao aquecimento para a Copa de 2022 no Qatar, o Sambafoot publica mais uma retrospectiva das edições do principal torneio de futebol do mundo. Dessa vez, traremos a 21ª edição, realizada em 2018, na Rússia.
Pela primeira vez, a Copa do Mundo tinha como sede o maior país do mundo do ponto de vista territorial, cuja extensão engloba tanto a Europa quanto a Ásia, o que se convencionou chamar de Eurásia.
VEJA TAMBÉM
++ Especial das Copas: Brasil sofre a maior humilhação de sua história na 20ª edição do Mundial
++ Especial das Copas: Brasil é atropelado pela França e adia o penta na 16ª edição do Mundial
++ Especial das Copas: desacreditado, Brasil é penta de forma invicta na 17° edição do Mundial
++ Especial das Copas: Brasil aumenta freguesia para França na 18ª edição do Mundial
Confiante
Depois do vexame em 2014, a CBF buscou uma renovação a partir do técnico Dunga. Porém, depois de duas eliminações precoces na Copa América de 2015 e da edição centenária de 2016, o capitão de Tetra caiu, entendo Tite em seu lugar.
Bastou o ex-treinador do Corinthians assumir para seleção assumir uma sequência de vitórias, com jogadores atuando bem, logo ganhar o rótulo de favorita. Porém, havia uma preocupação: a condição física de Neymar, que se recuperava de lesão.
Estreia complicada
No duelo de abertura contra a Suíça, a seleção foi surpreendida com o nível de competitividade do adversário. Coutinho abriu o placar aos 19 minutos do 1º tempo, em chute de fora da área. Mas a equipe europeia empatou na volta do intervalo, logo aos 4 da etapa complementar.
Além do empate, quem sofreu inúmeras críticas, no Brasil e no mundo, foi Neymar, que viralizou nas redes por simular faltas e rolar no chão a cada disputa de bola contra os atletas suíços.
Outro sufoco
No segundo jogo, contra a Costa Rica, esperava-se que o Brasil se imporia e ganharia sem maiores dificuldades. Mas o Brasil sofria para criar e, quando construía oportunidades, esbarrava no goleiro Navas. O gol só foi acontecer aos 45 minutos da 2ª etapa, com Coutinho. Já no 6º minuto dos acréscimos, Neymar faria mais um gol, fechando o placar com 2 a 0.
Já no terceiro jogo da fase de grupos, a vitória se deu mais facilmente contra a Sérvia. Paulinho marcou no 1º tempo, enquanto Thiago Silva aumentou na segunda etapa.
Mata-mata
Ao avançar às oitavas, o Brasil enfrentou um adversário já conhecido da Copa de 2014, o México. O adversário vinha confiante, pois havia vencido a Alemanha, até então atual campeã que acabou eliminada na primeira fase. O jogo começou com roteiro semelhante ao de 2014, com o goleiro Ochoa salvando a seleção mexicana e assegurando o empate no 1º tempo.
No começo do 2º tempo, o Brasil abriu o placar com Neymar aos 5 minutos. O gol poderia ter “aberto a porteira”, mas o México começou a buscar o ataque. O alívio só veio aos 42 do 2º tempo, com Firmino assegurando vitória.
A queda para “Geração Belga”
O Brasil era tido como favorito, mas muitos alertavam que a seleção belga vinha sendo uma das melhores na Europa, além de líder do ranking da Fifa. O Começo do jogo teve o Brasil buscando ser agressivo. Mas no primeiro escanteio cedido aos belgas, contra contra de Fernandinho e a favor do adversário.
A seleção brasileira buscou reagir, mas se expôs aos perigosos contra-ataques da Bélgica. Num deles, Lukaku saiu arrancando pelo meio de acionou Kevin De Bruyne. O meia ajeitou e rapidamente deu um chute forte no canto. 2 a 0 com 30 minutos de jogo e logo veio à tona a tragédia de 2014.
Porém, na volta do intervalo, o Brasil voltou melhor. Com as entradas de Douglas Costa, Firmino e Renato Augusto, s equipe passou a levar mais perigo. Aos 30 do 2º tempo, Renato Augusto diminuiu. Os minutos finais foram de pressão da seleção brasileira, mas o goleiro Courtois garantiu a vitória da “Geração Belga”.
Quadrangular europeu
De um lado, França x Bélgica; do outro, Inglaterra x Croácia. Como na Copa de 2016, as semifinais foram um quadrangular europeu. No fim, França e Croácia disputaram a final, com os franceses sendo bicampeões ao vencerem por 4 a 2. Na disputa por terceiro lugar, a Bélgica levou a melhor sobre a Inglaterra, com um 2 a 0.
Campanha geral
- Brasil 1 × 1 Suíça (fase de grupos);
- Brasil 2 × 0 Costa Rica (fase de grupos);
- Brasil 2 × 0 Sérvia (fase de grupos);
- Brasil 2 × 0 México (oitavas de final);
- Brasil 1 × 2 Bélgica (quartas de final)
Curiosidades
- A Alemanha foi a terceira campeã do mundo seguida a ser eliminada na fase de grupos. A “maldição” em que campeão de uma edição é eliminada na primeira fase da seguinte perdura desde 2010, quando a Itália defendia o título, mas não avançou às oitavas. O Mesmo ocorreu com a Espanha, que levantou troféu em 2010, mas deu adeus na fase de grupo em 2014.
- Pela primeira vez, nenhuma das seleções africanas avançaram às oitavas de final. De Senegal de Sadio Mané a Egito de Mohamed Salah, todos deram adeus na fase de grupos da competição.
- O egípcio Essam El-Hadary se tornou o jogador mais velho a disputar uma partida de copa do mundo. De quebra, o goleiro de 45 anos ainda pôde defender um pênalti em duelo contra Arábia Saudita.
- Cristiano Ronaldo se tornou o atleta mais velho a marcar um hat-trick em copas do mundo. Contra a Espanha, CR7 marcou os 3 gols de Portugal em jogo que terminou empatado.
- Mbappé se tornou o atleta mais novo desde Pelé a marcar dois gols em mata-mata de Copa do Mundo. Aos 19 anos de idade, o atacante foi peça importante par que a França fosse campeã do mundo pela 2ª vez em sua história.