Entenda a situação jurídica de Cuca, novo técnico do Atlético-MG

O treinador foi condenado em 1989 por atentado ao pudor com uso de violência, quando ainda atuava como jogador
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Publicado em 30/12/2024 às 14h31

O técnico Cuca retorna ao comando do Atlético-MG com contrato válido até o final de 2026. Essa será a quarta passagem do treinador pelo clube, marcada também pelo contexto de seu histórico jurídico na Suíça, envolvendo uma condenação por estupro ocorrida em 1989, que foi anulada em janeiro de 2024.

O tribunal suíço anulou o caso, alegando que Cuca foi julgado à revelia, mas sem entrar no mérito do caso, ou seja, Cuca não foi inocentado.

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O caso de 1987: o que aconteceu?

Em uma excursão do Grêmio à Europa, Cuca e outros três jogadores foram acusados de abusar sexualmente de uma adolescente de 13 anos em Berna, na Suíça. Segundo a investigação da polícia local, a jovem foi levada para o quarto dos atletas e sofreu abuso.

Os quatro jogadores ficaram presos por cerca de um mês, até serem liberados mediante pagamento de 15 mil francos suíços de fiança. Dois anos depois, em 1989, o julgamento foi realizado sem a presença dos réus ou de seus advogados.

Cuca e outros dois atletas foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência, enquanto o quarto jogador foi absolvido dessa acusação, mas condenado por violência.

Reabertura do caso e decisão do tribunal

Após deixar o Corinthians em abril de 2023, em meio à pressão da torcida por conta da condenação, Cuca reuniu uma equipe de advogados para solicitar a revisão do julgamento de 1989. A defesa argumentou que o julgamento foi feito à revelia, sem a presença dos réus ou direito à defesa adequada.

Em janeiro de 2024, o Tribunal Regional de Berna-Mittelland anulou a condenação, citando falhas processuais, mas sem entrar no mérito do caso, ou seja, Cuca não foi inocentado. O tribunal também determinou o pagamento de uma indenização de 9,5 mil francos suíços (cerca de R$ 50 mil na época) ao técnico.

A decisão foi embasada no argumento de que o caso já estava prescrito e que a vítima, falecida em 2002, não poderia mais participar do processo. O Ministério Público suíço também não viu razão para reabrir o caso.

Declarações de Cuca após a decisão

Após a anulação, Cuca se manifestou por meio de nota oficial:

"Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus."

Atlético-MG anuncia retorno do técnico Cuca

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Meu nome é Tatiana Oliveira, sou jornalista e estou dando meus primeiros passos na cobertura esportiva. Anteriormente, atuei como redatora e editora de entretenimento no...