A Polícia Civil enviou uma notificação ao Corinthians na última terça-feira (04) endereçada ao presidente Augusto Melo, pedindo para ver o contrato com a patrocinadora máster do clube, VaideBet. O pedido também faz questionamentos sobre uma possível "laranja" usada como intermediária no acordo.
Em ofício assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia, a Polícia Civil solicitou o contrato com a VaideBet, informações sobre a eventual intermediação da empresa Rede Social Media e Design, além do encaminhamento de algum instrumento, como um contrato de intermediação, que formalize a Rede Social Media e Design como parte no negócio com a empresa de apostas esportivas.
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Outas pessoas notificadas
A Polícia também notificou Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media e Design, e Edna Oliveira dos Santos, uma mulher residente na cidade de Peruíbe, litoral sul de São Paulo, que teve seu nome envolvido no caso.
A VaideBet, por sua vez, também notificou o Corinthians recentemente, pedindo explicações. Além disso, a empresa voltou a ameaçar a parceria com o clube do Parque São Jorge. A hipótese já havia sido levantada na semana passada. O alvinegro tem nove dias para dar explicações sobre o caso.
Esta não é a primeira vez que a VaideBet se manifesta assim com o Corinthians. No começo do mês, a empresa realizou uma reunião com Augusto Melo e pediu respeito ao acordo.
Sem sucesso, a expectativa dos executivos da casa de apostas é que as polêmicas e denúncias internas tenham um fim dentro do clube. Dessa forma, a credibilidade ficaria intacta.
Laranja no Corinthians
A última acusação em relação ao patrocínio do Corinthians ocorreu no dia 20 de maio. No Blog do Juca Kfouri, foi revelado que a uma empresa "laranja" foi usada na negociação para repassar mais de R$ 1 milhão em forma de intermédio.
O clube manifestou-se publicamente sobre o caso por meio de nota oficial no mês passado, na qual reafirmou que “todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas".
Para ficar com o patrocínio máster na camisa do Timão, a VaideBet desembolsou R$ 123 milhões por temporada. O contrato é válido por três anos.
De acordo com as informações do ge, caso uma das partes queira quebrar o acordo sem justa causa, a multa estipulada, atualmente, está na casa dos R$ 30 milhões.
O impacto da polêmica
A polêmica envolvendo a VaideBet e a possível intermediação por uma empresa "laranja" levanta questões sobre a transparência e a gestão do Corinthians. A notificação da Polícia Civil e a exigência de explicações por parte da VaideBet indicam uma preocupação crescente com a integridade do contrato e com possíveis irregularidades no acordo.
A situação coloca o presidente Augusto Melo em uma posição delicada. A gestão dele já enfrenta críticas por parte da torcida e de setores do clube, e esse episódio pode agravar a desconfiança em relação à sua administração.
Além disso, a possível quebra do contrato com a VaideBet representa um risco financeiro significativo para o clube, que teria que lidar com uma multa substancial e a perda de um importante patrocinador.
O futuro do patrocínio
O futuro do patrocínio da VaideBet no Corinthians é incerto. A notificação da Polícia Civil e as demandas da VaideBet por explicações colocam pressão sobre o clube para resolver a situação rapidamente. A transparência e a clareza nas negociações serão cruciais para manter a parceria e evitar mais danos à imagem do clube.
Se o Corinthians conseguir fornecer as explicações necessárias e resolver as questões levantadas, poderá preservar o contrato com a VaideBet e continuar a usufruir do patrocínio. Caso contrário, o clube pode enfrentar uma rescisão contratual, com consequências financeiras e de imagem.