Em meio à pressão de patrocinadores, Santos rescinde contrato de Robinho

Após transcrições do MP Italiano divulgadas pela Globo, junto com pressão pública e patrocínio, jodgdor deixa um dos clubes mais importantes da história do futebol em meio uma pressão por uma condenação que nunca cumpriu.
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Publicado em 17/10/2020 às 10h59

Seis dias após o anúncio, o Santos decidiu encerrar na noite de sexta-feira (16), o contrato de Robinho, sem o ídolo santista ter entrado em campo. 

“O Santos Futebol Clube e o atleta Robinho informam que, em comum acordo, resolveram suspender a validade do contrato firmado no último dia 10 de outubro para que o jogador possa se concentrar exclusivamente na sua defesa no processo que corre na Itália.” comentou o Peixe em breve nota emitida em suas redes sociais 

Não há informações sobre o tempo de suspensão. 

 

“Com muita tristeza no coração, venho falar para vocês que tomei a decisão junto do presidente de suspender meu contrato neste momento conturbado da minha vida. Meu objetivo sempre foi ajudar o Santos Futebol Clube. Se de alguma forma estou atrapalhando, é melhor que eu saia e foque nas minhas coisas pessoais. Para os torcedores do Peixão e aqueles que gostam de mim, vou provar minha inocência”, afirmou Robinho em vídeo. 

As patrocinadoras Philco, KicaldoTekbond e Casa de Apostas deram um ultimato à diretoria do clube. 

As demais, Foxlux, Umbro e Kodilar, manifestaram preocupação sobre o caso. 

Já na quarta-feira (14), a Orthopride, rede de franquias de ortodontia e estética, rescindiu seu contrato com o Alvinegro Praiano

iniciado em 2018 e no valor de R$ 2 milhões, estreitamente por causa da contratação. 

O Santos sofreu com redução de receita com publicidade de R$ 12 milhões ano passado, segundo estudo do Itaú/BBA. Mas continua com a quarta maior dos times da Série A, de acordo com o “Uol”. 

Perder patrocínio em um clube que encara uma crise financeira falou mais alto e a diretoria santista cedeu à pressão. 

Relembre o caso 

Na verdade, mesmo antes do acerto, a contratação havia sido questionada pelo público por Robinho estar condenado em primeira estância por estupro coletivo na Itália quando ainda atuava no Milan em 2013.  

Mesmo assim, foi defendido por jogadores e pelo técnico Cuca, no qual sofre o mesmo tipo de situação, por um ato quando ainda era jogador. 

No dia anterior, o GE, divulgou uma matéria com trechos das gravados do caso que foram consideradas decisivas pela justiça italiana para a condenação do ex-jogador na Seleção Brasileira. 

Nela, continha conversas de que o atleta admite realizar sexo oral sem o consentimento da vítima e que a mesma estava bêbada, no entanto sem chances de reação. 

 

Em uma das transcrições aparece um diálogo entre o cantor Jairo Chagas, que esteva tocando na boate alertando a investigação, Robinho demonstrou frieza. 

“Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu” 

Segundo a acusação do Ministério Público italiano, Robinho e outros cinco homens embebedaram a jovem albanesa em uma discoteca em Milão em janeiro de 2013. 

Ela ficou inconsciente e foi levada para a chapelaria do estabelecimento, onde foi violentada múltiplas vezes. 

A acusação foi baseada no depoimento da vítima e em conversas interceptadas do grupo de amigos sobre o ocorrido.  

Brasileira, jornalista e amante do futebol. Comecei a jornada em meados de 2016, escrevendo sobre o futebol francês e brasileiro, como posteriormente a Premier League....