O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, anulou o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF.
Após ficar de fora do comando por 27 dias, o “antigo” atual presidente retorna ao comando da entidade.
O que aconteceu:
- Gilmar Mendes devolveu a presidência da CBF para Ednaldo Rodrigues na tarde desta quinta-feira (4);
- O Ministro alegou que o Brasil poderia ser punido pela FIFA e ser proibido de disputar competições internacionais, após o afastamento de Ednaldo;
- Foram 27 dias de afastamento de Ednaldo e com uma eleição marcada para janeiro de 2024, se completasse 30 dias da saída do presidente;
VEJA TAMBÉM
++ Sambafoot Series estreia com documentário sobre Zagallo
++ Ele não vem mais! Ancelotti renova contrato com o Real Madrid
Quer ficar por dentro do que acontece de mais importante no “Mundo da Bola”!? Então fique ligado no Sambafoot! Siga nossos perfis no Instagram, X (antigo Twitter) e Facebook!
Para prevenir das punições
O Ministro alegou que o Brasil poderia ser excluído de competições internacionais, como a Copa do Mundo de 2026, além das Olimpíadas de 2024, em Paris. Veja parte da decisão de Gilmar Mendes:
“Esgota-se amanhã (5.1.2024) o prazo para inscrição da Seleção Brasileira de futebol, atual bicampeã olímpica, no torneio classificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, ato que pode vir a ser inviabilizado se praticado por dirigente não acreditado pelas instituições internacionais competentes”.
Ednaldo afastado
A controvérsia que culminou na saída de Ednaldo do comando da CBF teve origem numa ação relacionada à sua eleição para presidência no período de 2022 a 2026.
Sua ascensão ao cargo ocorreu em agosto de 2021, em substituição a Rogério Caboclo, afastado por denúncias de assédio moral e sexual.
Ednaldo, respaldado pelo apoio de 23 das 27 federações estaduais, sucedeu o mandato de Caboclo.
No entanto, durante sua gestão, Ednaldo tentou encerrar uma ação judicial de 2015 envolvendo os clubes das Séries A e B, que buscavam direito a voto na presidência da CBF.
A proposta de acordo com o Ministério Público foi aceita pelos clubes, resultando na antecipação das eleições em 2022, quando Ednaldo foi eleito para o mandato de 2022 a 2026.
Mas, os vices eleitos para o período de 2017 a 2023 na gestão Caboclo contestaram a decisão, alegando perda de um ano de mandato, o que levou a um embate jurídico.
O Tribunal de Justiça, em sua decisão no dia 7 de dezembro, alegou que o Ministério Público não possuía legitimidade para julgar o caso e fazer o acordo em 2022, anulando a eleição antecipada.
Novas eleições suspensas
O presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), José Perdiz, assumiu o comando da CBF e deveria convocar novas eleições nos próximos 30 dias úteis.
O prazo, portanto, seria até a semana do dia 22 de janeiro de 2024 para escolher um novo mandatário na CBF. Com a volta de Ednaldo, as eleições, por hora, estão suspensas.
As eleições para presidente deverão acontecer em março de 2023, pelo tempo “correto” do mandato de Ednaldo. O presidente, em entrevista a revista VEJA, já afirmou que não concorrerá a reeleição:
“É preciso esperar a missão da Fifa e da Conmebol, e também as decisões da Justiça, para entender o cenário e ter alguma definição. Da minha parte, tenho conversado muito com minha família e assumi um compromisso: meu tempo de disputas eleitorais acabou”.