Estrela do futebol mundial, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho teve mais uma polêmica exposta na última quinta-feira (27). Em reportagem especial, o jornalista Adriano Wilkson, do UOL Esporte, revelou que por três anos, o “Bruxo” evitou pagar indenização e pensão mensal à viúva de um funcionário que faleceu em uma de suas propriedades, em 29 de março de 2013, após ser picado por abelhas.
Laci Meireles trabalhava como caseiro em um dos sítios do ex-jogador, em Eldorado do Sul, na região Metropolitana de Porto Alegre, onde morava com a esposa, Loeci Pereira, também funcionária de Ronaldo. Enfrentando uma infestação de abelhas, o funcionário tentou afastar os insetos, mas acabou sendo alvo de picadas junto com o filho. Por ser alérgico, não resistiu ao ataque.
conto no @UOLEsporte como Ronaldinho tentou por 3 anos não pagar pensão à viúva do caseiro q morreu picado por abelhas no sítio onde o ex-jogador dá festas. O caseiro ganhava R$ 837 e Ronaldo não quis pagar o valor pra d. Loeci, dizendo q o caseiro foi culpado pela própria morte pic.twitter.com/53orolonIp
— Adriano Wilkson (@adrianowilkson) October 27, 2022
Ronaldinho x Justiça
Após a morte do caseiro, sua viúva precisou começar uma batalha judicial pelo direito de receber uma indenização pela morte do marido.
Ronaldinho, então, contratou uma forte equipe jurídica para evitar o pagamento da indenização e de uma pensão à viúva, durante três anos. No momento de sua morte, Laci recebia R$837 de salário.
Na época, o imóvel era administrado por dona Miguelina Assis, mãe de Ronaldinho. E o jogador, que defendia as cores do Atlético-MG, não estava no imóvel no momento do acidente, mas a Justiça considerou que ídolo mundial era responsável pelo ocorrido, uma vez que o empregador precisa fornecer boas condições de trabalho aos funcionários.
O “Bruxo” recorreu e o processo se estendeu de 2013 até 2015, período em que a viúva precisou reivindicar o pagamento do valor, até que a juíza de primeira instância estipulou o pagamento de R$ 20 mil em indenização, mais uma pensão de R$ 910 ao longo de 20 anos.
“Eu não acho que o Ronaldinho seja uma má pessoa, não acho mesmo. Às vezes ele não sabe o que eu estou vivendo, não conhece a realidade. Talvez se ele soubesse, poderia ajudar de alguma forma porque com certeza ele pode”, afirmou a viúva ao Uol Esporte.
Ainda de acordo com a apuração do UOL Esporte, em um levantamento da empresa Ivenis junto aos Tribunais de Justiça, o ex-jogador possui 85 processos ligados ao seu CPF e CNPJs. O empresário de Ronaldinho, o irmão Assis, também é alvo de várias ações judiciais.
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