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Dos campos de futebol para a música: Djavan completa 74 anos

O Sambafoot traz um pouco da carreira do cantor alagoano que, por pouco, não se tornou jogador de futebol
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Publicado em 27/01/2023 às 08h00

Um dos nomes da MPB, o cantor Djavan comemora mais um ano de vida, nesta sexta-feira (27).

A0s 74 anos, o músico continua na ativa. No próximo mês de março, inaugura uma turnê onde passará por estados do Brasil, Estados Unidos e Europa.

Nascido em 26 de janeiro de 1949, em Maceió, capital de Alagoas, começou tendo, desde cedo, nutrido com  influência musical da mãe, Virgínia, que escutava alguns nomes, como Ângela Maria, Dalva de Oliveira, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Orlando Silva, etc.

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Início

Por muito pouco, a vida de Djavan não enveredou por outro caminho: o futebol. Habilidoso com a bola, despontou nas categorias de base do Clube Sportivo Alagoano (CSA), um dos principais times de AL, no início dos anos 60. Sua posição era a de meio-campo.

Eu era muito bom de bola (Djavan, à Revista Placar, em 1983)

Os caminhos iriam mudar através de um amigo seu de colégio, cujo nome era Márcio. O pai do rapaz tinha equipamentos de sons quadrifônicos. Neste local, aprofundou ainda mais seu amor pela música, influenciados ainda mais por nomes da Bossa Nova, como Noel Rosa, João Gilberto e Tom Jobim.

Aos 18 anos, abandona de vez o futebol e começa a tocar na banda “Luz, Som e Dimensão". Cinco anos mais tarde, desembarca no Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, animou boates como crooner (cantor de diversos estilos musicais).

Djavan com a camisa do CSA e do Flamengo: paixões no futebol. Foto: Reprodução/Revista Placar/Grupo Abril.

Música

Para conseguir uma chance em alguma gravadora, Djavan teve que socorrer ao conterrâneo Edson Mauro, locutor da Rádio Globo. Após o final de um programa, Mauro lhe apresentou a Adelzon Alves, radialista.

Após um fim de um programa, que era transmitido pela madrugada, o cantor mostrou suas canções e sons à Adelzon, que, depois, lhe indicou a João Araújo, produtor da gravadora Som Livre.

Este foi o primeiro passo para a explosão do alagoano. Nos primeiros testes, Araújo ficou encantado com a voz e o estilo de Djavan, que foi colocado para cantar na novela “Gabriela", em 1975.

Em 1976, já com uma carreira em andamento, lança seu primeiro disco, intitulado A Voz, o Violão, a Música de Djavan, da Som Livre e a Odeon.

Consolidação

Os anos se passaram e o cantor de Alagoas já tinha deixado esta identificação de lado e se tornado um símbolo conhecido nacionalmente.

O álbum “Luz", de 1982, teria mais de 450 mil cópias vendidas; “Lilás", de 84, 300 mil; e “Djavan", de 1989, 400 mil. Isto tudo somado à paradas de sucesso em novelas da Rede Globo, como “Top Model", de 1990; “Próxima Vítima", também de 1995;  “O Rei do Gado", em 1996, e outras.

A fama não era somente no território brasileiro, mas internacional também. A música “"Flor-de-lis" se tornou disputada nos Estados Unidos com o nome de "Upside Down", na voz de Carmen McRae.

Na faixa “Samurai", de “Luz", o norte-americano Stevie Wonder participou nos sons da gaita.

Outros compactos de sucesso se deram em 1992, com “Coisa de Acender", em 1994, com “Novena, e em 2001, com “Milagreiro", todos com mais de 100 mil cópias lançadas e vendidas.

Desde 2004, Djavan tem a própria gravadora, a Luanda Records. Em 2022, aos 73 anos, lançou, até o momento, seu último disco, intitulado “D". Na sua vida profissional, diversos foram os prêmios que lhes foram concedidos por sua excelência artística.

Hoje, é considerado uma das vozes mais afinadas do jazz, blues e samba brasileiro.

Nome

O nome do artista veio de uma lembrança de sua mãe. Quando estava grávida do músico, Virgínia sonhou com um barco que tinha escrito “Djavan".

Hoje, o artista é casado com Rafaela Brunini, de 48 anos. Ele é pai de cinco filhos – Sofia e Inácio – do atual casamento e Max, Flávia e João Thiago, com sua primeira esposa, Maria Aparecida dos Santos Viana.

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Graduado em jornalismo desde 2020 pela Universidade de Fortaleza (Unifor). Tenho experiências com Assessoria de Comunicação, quando trabalhei na Prefeitura de...