O exame antidoping voltou às manchetes nas últimas semanas com a suspensão de dois anos de Gabigol, do Flamengo, imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), por fraude em teste realizado no Ninho do Urubu, em dezembro de 2022.
Apesar do choque com a pena contra o astro do rubro-negro, muitos jogadores brasileiros já testaram positivo e foram afastados do futebol profissional.
Pensando nisso, o Sambafoot relembra alguns casos famosos de jogadores brasileiros que testaram positivo e foram punidos pelos órgãos responsáveis pelo jogo limpo.
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Relembre o caso de Gabigol
Gabigol foi acusado de dificultar a realização do teste antidoping. Apesar de confirmar o exame e ter testado negativo, a coleta foi identificada como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle", o que levou o atacante a responder pelo artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem.
Um dos relatos fala em “demora do atacante para realização do exame e o não cumprimento das instruções". O jogador não se dirigiu aos responsáveis pelo exame antes do treino, almoçou e tratou os profissionais com desrespeito, não seguiu os procedimentos indicados, pegou o vaso coletor sem aviso prévio, irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro e entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida.
Punição exemplar
A suspensão por dois anos impede Gabigol de entrar nas instalações do Flamengo e de jogar até abril de 2025. Gabriel foi acusado com base no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem e poderia ser punido por até quatro anos, mas teve pena reduzida por “comprovação de circunstâncias excepcionais".
No último dia 19, celebramos o Dia dos Povos Indígenas e o projeto "Vem ler, vem ler, vem ler!", fruto de uma parceria do departamento de Responsabilidade Social rubro-negro com o Educativo do Museu Flamengo, foi até a aldeia Mata Verde Bonita, em Maricá-RJ, da etnia Guarani… pic.twitter.com/9eqluDTCRp
— Flamengo (@Flamengo) April 27, 2024
Recurso na CAS
A defesa de Gabigol já enviou seu relatório para o julgamento do efeito suspensivo do atacante, na CAS (Corte Arbitral do Esporte), ainda sem data definida.
Se o colegiado conceder o efeito suspensivo, Gabriel poderá voltar aos jogos do Flamengo enquanto o Tribunal não julgar o recurso que pode confirmar a punição ou inocentar o brasileiro.
Relembre brasileiros que já foram punidos por testes antidoping
Carlos Alberto – O ex-meia foi condenado a um ano de suspensão por doping. O caso aconteceu em 2013, quando Carlos Alberto defendia o Vasco. Na época do julgamento, o camisa 10 estava sem clube e tinha um acordo para defender o Fluminense em caso de absolvição.
Deco – O STJD condenou o meia em março de 2013, quando defendia o Fluminense, por testar positivo para um diurético e um hormônio. Aquela temporada foi a última da carreira de Deco, que anunciou a aposentadoria enquanto estava suspenso. Em 2014, o ex-jogador foi inocentado pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).
Dodô – O artilheiro dos gols bonitos também caiu no exame antidoping. Astro do Botafogo em 2007, o atacante testou positivo para uma substância presente em cápsulas de cafeína concedidas aos atletas do clube antes das partidas e a Corte Arbitral do Esporte (CAS) condenou o atleta a dois anos de suspensão.
Jobson – O atacante que surgiu como grande promessa do futebol brasileiro em 2009, mas testou positivo para cocaína e foi punido com seis meses de gancho. Em 2014, quando estava no futebol da Arábia Saudita, se negou a realizar o teste por medo de retaliações do clube saudita. O resultado? Suspensão na Fifa por mais de três anos.
Romário – O Baixinho foi punido em 2007, por uso de um produto para combater a queda de cabelo. Romário foi punido por 120 dias, mas acabou absolvido da acusação.