A briga entre o associativo e a 777 Partners, ganhou mais um capítulo. De acordo com um documento oficial, tirado de um processo nos Estados Unidos, a empresa americana comprou a Vasco SAF já em processo de falência.
O documento foi obtido após o segredo de justiça do caso, ser quebrado. Em 2022, a empresa já tinha contas negativas e assim, não poderia ter comprado o futebol vascaíno.
Segue a briga
- O jornalista, Tiago Leifert, trouxe em seu canal de Youtube, um documento de 2022, antes da compra da Vasco SAF, que mostra a insolvência da 777 Partners;
- Após o segredo de justiça cair, é possível ver as contas da empresa. Lá mostrou que as dívidas já eram maiores que as receitas;
- Com o documento na mão, os advogados do clube associativo estudam até, pedir indenização para a 777, por conta da “mentira" contada no momento da compra da SAF;
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Entenda a polêmica
Com as informações em mãos, o Vasco estuda processar a 777 Partners e pedir uma indenização. No processo, a parte associativa pode até, pedir a devolução dos 31% das ações já compradas.
O documento é o balanço das contas da 777 em 2022. Lá, mostra que a empresa já tinha mais dívidas do que receitas, o que mostrava seu início de falência.
A explicação do Vasco é simples: Se a empresa tinha mais dívidas do que dinheiro, como assinou um contrato para comprar as ações por R$700 milhões.
Na última segunda-feira (10), o Vasco começou a debater, entre seus conselheiros, os motivos para a escolha da 777 Partners como empresa parceira. Nas conversas, chegou a se revelar que os americanos tentaram tirar R$80 milhões do clube, em forma de “empréstimo", após o aporte de R$120 milhões. O pedido foi negado.
Antes, a empresa já feito um movimento parecido e levou US$ 5 milhões (R$ 25,8 milhões) de um aporte feito na assinatura da compra. Até hoje, o valor não foi pago totalmente. Este também foi um dos motivos para que a liminar da justiça, afastando os americanos, fosse aceita.
🚨⚠️ Grave.
A 777 Partners já estava quebrada quando assinou com o Vasco.
É o que diz e explica o jornalista Tiago Leifert neste vídeo.
Aparentemente, conforme consta em balanço financeiro que estava em segredo de justiça, a situação financeira da empresa já era caótica.… pic.twitter.com/eIw9EpXSO5
— Mídia Vascaína (@midiavascaina) June 12, 2024
Debandada da SAF
A Vasco SAF sofreu um grande esvaziamento de profissionais, nesta terça-feira (11). Após a notícia da saída de Lúcio Barbosa, CEO do clube, outros diretores deixaram a equipe.
Kátia dos Santos, diretora do financeiro, e Felipe Pimentel, diretor de comunicação, também saíram da empresa de futebol.
Pedrinho comanda
Atualmente, a 777 tem 31% das ações da SAF. Fora do comando do futebol, os americanos tentam derrubar a liminar estabelecida pela justiça do Rio de Janeiro.
O associativo, comandado por Pedrinho, já deu entrada em todas as formas legais, para tirar a holding americana do comando. Inclusive, nesta semana, os advogados caminharam para o processo de "arbitragem", estabelecidos no contrato.
Lá, cada parte indicará uma pessoa de confiança para que todos os problemas entre os sócios, seja resolvido.
Donos da 777 foram afastados
Os dois principais rostos da 777 Partners, Josh Wander e Steve Pasko, renunciaram seus cargos e aumentaram a crise da empresa americana.
Wander fazia parte da mesa de decisões da SAF do Vasco. O sócio majoritário tem cinco cadeiras na comissão, e o associativo, sócio minoritário, tem duas cadeiras.
Por isso, a 777 tem cinco nomes na mesa de discussão. Josh e Pasko faziam parte da administração e agora, saem da empresa. Agora, restam apenas, Nicolas Maya, Dom Dransfield e Andres Blasquez.
A crise da empresa aumenta e assim, o associativo ganha força na ação em que tentar tirar a empresa do comando da Vasco SAF. Em seus lugares, assumem Ian Ratner e Ronald Glass, rostos desconhecidos do torcedor vascaíno e da SAF.
Liminar para o Vasco associativo
A liminar que deu o controle da SAF do Vasco para o clube associativo, foi mantida pela justiça, na noite da última quarta-feira (22). O desembargador, César Felipe Cury, alegou que o pedido feito, na semana passada, é totalmente válido.
Na noite da última quarta-feira (15), a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido do Vasco da Gama e tirou o controle da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) das mãos da 777 Partners.
Segundo informou o jornalista Rodrigo Capelo, do site GE, a decisão foi assinada em caráter liminar pelo juiz Paulo Assed Estefan.
Veja o que o juiz escreveu na decisão liminar:
"DEFIRO a cautelar requerida e SUSPENDO os efeitos do CONTRATO DE INVESTIMENTOS e do ACORDO DE ACIONISTAS, que concedem o atual controle da VASCO DA GAMA SOCIEDADE ANÔNIMA DO FUTEBOL à. Com isso, estão suspensos, também, os direitos societários (políticos e patrimoniais) da 777 CARIOCA LLC e devolvido o controle da companhia ao CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA, afastando-se os conselheiros indicados pela 777 CARIOCA LLC do Conselho de Administração da SAF", escreveu o juiz Paulo Assed Estefan, na decisão liminar.
Como fica o Conselho de Administração da SAF?
A SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Vasco tinha cinco dos sete integrantes do Conselho de Administração ligados à 777 Partners: Josh Wander, Andres Blazquez, Donald Dransfield, Nicolas Maya e Steven Pasko.
Os únicos dois ligados ao clube associativo são o presidente Pedrinho e Paulo César Salomão. Com a destituição dos membros ligados à 777 Partners, eles passarão a assumir o controle do futebol do Vasco.
Vasco e o Sambafoot
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O Vasco, com suas vitórias marcantes e sua cruz de malta, é um símbolo de luta e garra no futebol brasileiro. O primeiro campeão sul-americano do país, sempre aceitou jogadores e funcionários de todas as etnias.
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