Dívida bilionária causa divergência e aumenta a crise no Corinthians

Antiga diretoria faz questão de desmentir as acusações da cúpula de Augusto Melo sobre os valores das pendências alvinegras
Publicado em 09/02/2024 às 15h27

A diretoria do Corinthians tem dados de que a dívida alvinegra é maior do que se imaginava: a quantia total pode atingir até R$ 2 bilhões, incluindo o estádio. Por outro lado, conforme as informações do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, a gestão anterior vê essa informação como incorreta e entende que o valor varia entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,5 bilhão com o financiamento da Neo Química Arena.

Além disso, o diretor financeiro do Corinthians, Rozallah Santoro, tem como dívida calculada R$ 950 milhões, mais a Arena. Ou seja, seriam R$ 1,650 bilhão. Mas ele ressalta que esse número é válido antes da auditoria do clube, sendo assim, pode ter alguma alteração enquanto estiver sendo avaliado.

O que você precisa saber

> A atual diretoria estima que a dívida esteja em R$ 2 bilhões;

> A antiga diretoria afirma que a dívida está na casa do R$1,5 bilhão;

> Os valores já são inclusos com a dívida do estádio.

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Dívidas com empresários

Além dessas divergências citadas, o Corinthians tem uma dívida milionária para ser paga pela nova gestão do clube. As antigas diretorias do Timão deixaram uma dívida de R$ 217 milhões com sete empresários de futebol.

Poucos dias antes de deixar o cargo de presidente do Corinthians, Duilio assinou uma confissão de dívida com três dos sete empresários. A confissão faz com que o clube não tenha como contestar a dívida, tendo que pagar ou fazer acordo em pouco tempo. Após a divulgação deste assunto, o ex-presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, emitiu nota oficial. Confira:

“O Corinthians não tem apenas os R$ 217 milhões em dívidas com empresários. Qualquer pessoa atenta aos balancetes e balanços anuais do Corinthians sabe que o clube chegou perto de somar R$ 1 bilhão em dívidas gerais e que, nos últimos três anos, nossa administração conseguiu não apenas estancar esse crescimento como reduzir significativamente o montante*. Tudo isso restará apontado no balanço 2023 do clube.

Tanto é que os veículos de comunicação tornaram público em 2023 que, no balanço de 2022, houve forte redução das quantias devidas a representantes de jogadores.

Infelizmente, a atual diretoria tem demonstrado uma assombrosa disposição de aumentar as dívidas da pior forma possível, sem trazer QUALQUER benefício administrativo ou esportivo de destaque. Rasga contratos vantajosos, aciona cláusulas de multa de forma negligente, fere cláusulas contratuais de confidencialidade – gerando incômodos em parceiros formais – e mente sobre valores e tempos de contrato.

Depois, só lhes resta um último recurso: atribuir a gestões anteriores o caos que eles mesmos promovem, anunciando jogadores que depois perdem, porque também já ficou claro para os representantes e atletas o tamanho da insegurança jurídica.

É lamentável que uma diretoria proclame que se preparou por seis anos para gerir o Corinthians para depois apostar no discurso de terra arrasada para encobrir trapalhadas e irresponsabilidade. *Em vez disso, deveriam alinhar os procedimentos entre o Departamento de Futebol, o Marketing, Jurídico e o Financeiro, tal como preconizado pelo documento de recomendações produzido pelo clube junto com a Falconi, que foi solenemente ignorado.

Atenciosamente,
Duilio Monteiro Alves
31o presidente do Corinthians (2021-2023)”

https://twitter.com/futebol_info/status/1755958067575849110

Pagamento das dívidas em 2024

Augusto Melo, presidente do Timão, afirmou que o clube já quitou R$70 milhões em dívidas durante sua gestão, iniciada no dia 2 de janeiro.Segundo o atual presidente, as contratações do clube estão sendo submetidas a um alto valor de pagamento à vista exigida por outras equipes.

“Pegamos o Corinthians em situação complicada, é mais difícil do que imaginam, cada dia uma surpresa. Pagamos R$70 milhões em dívidas, estamos honrando, muitas notícias que não tem nada a ver. O Corinthians tem seu nome manchado por uma gestão, hoje precisa contratar com muita porcentagem à vista”, disse Augusto Melo, ao “Jogo Aberto”, da Band.