As diretorias de Cruzeiro e Minas Arena – gestora do Mineirão – retomaram os contatos visando um novo acordo para o Gigante da Pampulha receber jogos da Raposa, mas para Samuel Lloyd, diretor comercial da Minas Arena, o clube precisa aceitar o acordo proposto pela empresa.
– Entre 2024 e 2037, que é o fim desta concessão, a agenda do Mineirão está completamente livre para todos os jogos do Cruzeiro. Basta que haja um acordo comercial… As regras entre concessionárias e clubes estão determinadas claramente no contrato de PPP (Parceria Público-Privada). Menos que isso, não. Qualquer receita que a Minas Arena abra mão, ela é responsabilizada pelo estado de Minas Gerais – apontou Lloyd.
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– A proposta inicial do Cruzeiro é que eles tivessem um percentual de receita bruta de tudo que a Minas Arena realiza, inclusive jogos do Atlético. A coisa foi evoluindo e, na última proposta, além das questões de jogo, como venda de camarotes e áreas VIPs, havia a intenção de uma megastore dentro do Mineirão e remuneração em cima de alimentos, bebidas e estacionamento de todas as receitas. Isso, pelo contrato de PPP, a gente abre mão de uma receita que pode ser compartilhada com o Estado. Do ponto de vista jurídico, ela não para em pé – reforçou o diretor durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última terça-feira (4).
Resposta celeste
O Cruzeiro também participou da audiência pública, foi representado por Gabriel Lima – CEO da SAF celeste – e o profissional celeste explicou os pedidos feitos pelo clube para encerrar o impasse com a Minas Arena.
– O que a gente não tem hoje é a participação em coisas que são importantes pra gente e que são conceituais. A gente não tem participação em receita de bar, a gente não tem participação em publicidade que é vendida pelo estádio, não tem participação em estacionamento em dia de jogo. Eu não admito que a gente não tenha esse tipo de participação enquanto a gente joga no Mineirão. Quem leva o público é o Cruzeiro – explicou Lima, em entrevista à ‘Itatiaia’.