Fluminense e Internacional empataram em 2 a 2 nesta quarta-feira (27), no Maracanã, pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores. Em entrevista coletiva após o jogo, Fernando Diniz explicou a escalação tricolor, que teve Ganso e John Kennedy juntos e Alexsander no banco de reservas, e discordou da análise que o time ficou mais exposto.
O que você precisa saber?
- “Vocês podem ter ficados surpresos, mas não deveriam. Porque a gente jogou com Kennedy e Cano lá contra o Olimpia. Jogou aqui contra o Olimpia também. Era uma das possibilidades. Podia sair jogando com ele ou com o Alexsander. Talvez se o Alexander tivesse saído jogando, vocês iam falar que era surpresa porque alguém não jogou. Não teve. O critério foi o melhor time que eu achei que era para iniciar o jogo. Eu achei que correu tudo bem e, se não tem a expulsão… não que o Alexander não possa jogar, a gente poderia ter outra formação. Mas é uma formação totalmente coerente com aquilo que o Fluminense tem apresentado e jogado nas últimas partidas, quando temos todo mundo à disposição – disse o treinador, que completou:
- “Não fico pensando se o time vai ficar mais ofensivo, penso que o time vai ter mais chance de ganhar. Vou botar o melhor time que eu achei. Contra o Olimpia, o time não ficou exposto. Se a gente achar que a gente vai ter mais chance de ganhar, vamos colocar”.
- O técnico criticou a arbitragem do argentino Darío Herrera. Samuel Xavier foi expulso aos 44 minutos do primeiro tempo por um carrinho em Enner Valencia. Cinco minutos antes, ele havia recebido cartão amarelo por um empurrão no atacante equatoriano.
“O ponto negativo foi a arbitragem. Peço a vocês que vejam os lances. No primeiro lance do Samuel, Valencia faz falta clara no Nino. Pode dizer que é jogo de Libertadores, então, o do Samuel não merecia amarelo. Depois, quando ele expulsa, é expulso com uma convicção que me deixou até chateado com o Samuel. Quando vi, ele tirou o pé”, iniciou o técnico.
“A gente espera que a arbitragem seja justa. Não quero benefício de nada, zero. Quero que a arbitragem seja justa lá em Porto Alegre. O Inter é um grande time, vai estar com a sua torcida, mas o juiz interferiu completamente na partida. Completamente. Eu vi o lance agora, não foi nada. Não merecia nada. Era um lance que o VAR poderia chamar. Ele expulsa com uma convicção, que eu achei que o lance era uma aberração”.
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O técnico do Fluminense também ficou incomodado com os acréscimos do primeiro tempo e voltou a pedir uma arbitragem justa no jogo de volta. O árbitro argentino deu três minutos, e Hugo Mallo anotou o gol do Internacional aos 49.
“A bola ficou rodando uns três ou quatro lances depois. Não subiu placa a mais. Ele deu três, os caras atacavam, a gente defendia. Deixaram o jogo correr praticamente até o Inter fazer o gol. Espero que a arbitragem seja justa no jogo de volta como deve ser”.
Diniz revelou que ainda não conversou com Samuel Xavier sobre a expulsão, pois o lateral-direito foi escolhido para o exame antidoping. O técnico aproveitou para elogiar o jogador e lembrou as atuações contra o Argentinos Juniors, nas oitavas de final. O camisa 2 marcou no empate por 1 a 1, no jogo de ida, e na vitória por 2 a 0, na volta.
“Não conversei com ele (Samuel) porque ele foi pro doping. Foi o herói contra Argentinos Juniors. Ele está focado, identificado com o torcedor. E foi expulso injustamente”.
Fluminense e Internacional se reencontram na próxima quarta-feira (4), às 21h30 (de Brasília), no Beira-Rio, pela partida de volta da semifinal. Um novo empate leva aos pênaltis. O Tricolor volta a campo no sábado (30), diante do Cuiabá, às 18h30, na Arena Pantanal, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com 41 pontos, o time de Fernando Diniz está em quinto.
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Justiça no resultado
“Acho que o resultado, por aquilo que aconteceu no jogo, foi justo. Pelo erro da arbitragem, não. Eu falei que gostei do time. Não falo que está tudo bem nem quando ganha, quando ganha de 7 a 0. Sempre tem coisa para corrigir. A escalação foi OK, os erros que acontecem… tem erro individual não tem ligação com a escalação. Tem erro que é coletivo que pode ser por conta de um desarranjo. Aí, se você acha que foi por conta da escalação, eu discordo de você. Foi erro de falta de encaixe, falta de pressão, às vezes, qualidade do adversário”.
Relação com Cano
“Desde que a gente se conheceu no Vasco, é impressionante como conseguimos nos entender. Ele (Cano) ajuda o time em todas as fases do jogo. Foi artilheiro do Brasileiro, do Carioca. É uma pessoa que nos ensina todos os dias.
Cano comemora segundo gol do Fluminense diante do Internacional”.
Saída de Felipe Melo
“Em relação ao Felipe Melo, ele estava sentindo um pouco o joelho aos 25 minutos do primeiro tempo. Estávamos com um jogador a menos. A gente ia ficar mais exposto, tendo que correr mais. Esse foi o motivo principal da saída dele”.
Treinos com um a menos
“A gente treina, e obviamente que ajuda em uma situação de inferioridade numérica. Mas o que mais ajudou foi a entrega dos jogadores e o ganho que tivemos que foi o acréscimo da torcida, que começou a cantar mais ainda. Empurrar o time e conseguiu jogar muito junto com a equipe mais uma vez. A gente agradece a torcida do Fluminense e, lá no Sul, vai fazer de tudo para correr por eles”.