Diniz desabafa após título: “Ninguém vai determinar o meu tamanho e dos jogadores que estão comigo”

Treinador deu entrevista coletiva na tarde desta segunda (10) após título
2023-04-10 21:14:08

Suspenso do jogo do título, Fernando Diniz deu entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (10). Visivelmente feliz, o técnico elogiou demais a postura da equipe, juntando além das partes táticas e técnicas, também as emocionais:

“Eu não gosto muito de separar o futebol, as vertentes, tudo tem a ver, mas é mais que isso. Um jogo de futebol é complexo, a final envolveu muitos fatores. Perder o jogo de ida por 2 a 0 nos fez estudar e trabalhar o limite. Mentalmente chegamos muito fortes, foi vitória justa, com imposição em todas as vertentes”.

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Convicção no trabalho

A convicção do estilo de jogo de Fernando Diniz passa pelo que o treinador viveu dentro de campo. Ex-jogador, o técnico faz questão de falar sobre seu tempo de jogador para justificar a forma que escolheu para montar suas equipes, além de sua postura pessoal com cada atleta. Diniz, sem papas na língua, defendeu seu jogo e deu recado para quem critica a sua forma de trabalho:

“A minha convicção vem do sofrimento que eu tive quando jogava futebol. Eu sei o que é ser jogador. A pior parte. Se sentir o tempo todo exposto para ser massacrado. Pela imprensa, pela torcida, ambiente interno, que não protege. A gente acha que ser jogador é fácil. Não é. Tenho um conhecido que é empresário que fala que jamais conseguiria trabalhar no futebol. Porque toda quarta e domingo tem que produzir e ser massacrado. Eu não quero saber só o que o jogador produz, quero saber o que ele é.

O futebol para mim é um meio de ajudar os jogadores a serem pessoas melhores. Não é jornalista, pessoa de fora, que vai determinar o meu tamanho e dos jogadores que estão comigo. Eu acho que o tempo vai passando e a gente vai aprendendo a errar menos. Eu não faço mais porque eu não posso. Mas vou me aprimorando para poder fazer acada vez mais. A gente não consegue fazer nada sem os jogadores. Tem que entender quem joga. A gente tem que entender a pessoa por trás do jogador. Esse é o meu objeto de estudo e a minha paixão. De fato, é ver os jogadores bem e depois deles as pessoas que estão no meu entorno”.