O Fusca é, sem dúvidas, um dos carros mais folclóricos e emblemáticos já visto na história automobilística do Brasil.
Produzido pela empresa alemã Volkswagen, o modelo começou a ser fabricado no território brasileiro em 20 de janeiro de 1959, data oficializada pela montadora, já que o número 1, nascido por aqui, saiu em 3 de janeiro daquele ano.
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Voltando no tempo, foi lançado em 1935, na Alemanha, a pedido de Adolf Hitler, ditador germânico. Ele queria um veículo simples para ser adquirido por famílias alemãs humildes. Daí encaminhou a ideia para Ferdinand Porsche, que trabalhou na sua elaboração.
Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-45), o Fusca, conhecido como Kafër (em terras teutônicas) passou para um controle de um grupo da Grã-Bretanha, que expandiu a marca para o mundo.
Chegada
Antes da sua produção no Brasil, em 1950, o Fusca chegou. Lembrando que o país já vivia uma pequena abertura comercial, possibilitando a chegada de produtos vindo do estrangeiro.
Era um automóvel de fácil aquisição, com motores grandes e potência aceitável, chegando a alcançar os 65 cv.
Por aqui, viveu altos e baixos, tendo sua fabricação encerrada em 1996. Anteriormente, em 1993, teve sua montagem retomada, por causa de uma solicitação do então presidente Itamar Franco. Tanto que os modelos produzidos vieram com a alcunha de “Fusca Itamar”.
No mundo, o último exemplar do “original” é datado de 2003, no México. Depois, a própria Volkswagen, no Brasil, tentou emplacar o “New Beetle”, como é conhecido o carro nos Estados Unidos, sem o sucesso de vendas do seu antecessor.
Futebol
Edson Arantes do Nascimento, o Rei do Futebol, teve em um Fusca o seu primeiro carro, isso em 1956. Diversos outros jogadores tiveram algum número do veículo, como Flávio Conceição, Gylmar dos Santos Neves, Jürgen Klinsmann e Walter Casagrande.
Mas a história mais icônica do automóvel se deu após o trimundial do Brasil. Em julho de 1970, o então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, resolveu presentear os atletas vencedores da Copa do Mundo com uma unidade do modelo, que vinham com um adesivo “Brasil, ame-o ou deixe-o”, slogan usado pelo Regime Militar para ressaltar o governo dos militares. Inclusive, estes usaram a vitória para exaltar o papel deles à frente do comando da nação.
O político havia enviado à Câmara Municipal uma mensagem prefeitural para a liberação uma quantia de CR$ 315.000,00, do erário da cidade, com o objetivo de compra dos Fuscas.
A entrega dos “brindes” se deu em 21 de julho, um mês após a vitória contra a Itália, no México. Os jogadores aceitaram o presente.
A situação não pararia por aí. Um advogado entrou com uma ação contra Maluf por danos aos cofres do município. Em 1974, quatro anos mais tarde, foi condenado, em primeira instância, a devolver o valor gasto ao erário, fato que não ocorreu.
Bom, o que se sabe é que a ação perdurou mais de 36 anos em trâmite nas esferas da Justiça, até que, em 2006, o Supremo Tribunal Federal (STF) absolveu o político.
Em números, somando todas as unidades negociadas, foram vendidos mais de 21 milhões de Fuscas pelo mundo, sendo negociados cerca de 3,1 milhões de exemplares no Brasil.
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