De Rivelino a Zagallo, confira 11 brasileiros que fazem parte da história do Al-Hilal antes de Neymar

O país árabe é um admirador do profissionalismo e talento de jogadores e técnicos exportados pelo Brasil
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Publicado em 13/08/2023 às 18h44

 

A notícia da negociação envolvendo Neymar e o Al-Hilal movimentou as redes sociais neste domingo (13). O craque está negociando contrato com o time árabe, válido por duas temporadas, com proposta financeira de 160 milhões de euros (R$ 860 milhões). Além do atacante, outros 11 brasileiros fizeram história no clube nas últimas quatro décadas.

 

 

Saiba mais

  • Não é de hoje que o Al-Hilal investe em reforços brasileiros. Recentemente o clube árabe contratou dois jogadores daqui.
  • São eles Matheus Pereira, destaque no West Brom (Inglaterra) e Michael (ex-Flamengo e Goiás).
  • O futebol brasileiro encanta o país árabe pelo profissionalismo e apreço a jogadores e treinadores.
  • Entre o fim dos anos 1980 e o início dos 1990, uma lista grande passou clube. Entre eles, Valdir Espinosa, Joel Santana, Sebastião Lazaroni, Nelsinho Batista, Antônio Lopes e Oscar Bernardi.

 

 

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Brasileiros se destacam

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Rivellino: considerado o maior talento na história clube, foi o primeiro brasileiro a passar pelo Al-Hilal. Rivellino chegou em 1979, aos 33 anos, logo após a profissionalização do Campeonato Saudita. Na época, o craque recebeu proposta sete vezes maior do que ganhava no Fluminense.O brasileiro conquistou a liga e a copa nacional, com 23 gols em 50 partidas. Aposentou-se no clube em 1981.

Zagallo: foi quem levou Rivellino à Arábia Saudita, na Copa de 1970. Após passagem pela seleção do Kuwait, Mário Jorge Lobo Zagallo assinou com o Al-Hilal intermediado pelo Xeque Fahd, assumindo a equipe em 1978 e logo acertando a transferência de Rivellino. Mesmo com passagem curta, o Velho Lobo é considerado o maior treinador da história da agremiação, conquistando o título do Campeonato Saudita em 1978/79, na primeira temporada a incluir jogadores estrangeiros.

Rubens Minelli: foi sucessor de Zagallo no Al-Hilal e mostrou um currículo tão respeitável quanto. A proposta para Minelli foi suntuosa para dar continuidade ao trabalho do anterior brasileiro. Como técnico, Minelli conquistou a Copa do Rei no início dos anos 1980, com Rivellino liderando a equipe. Minelli chegou a treinar a seleção saudita e, no clube, foi substituído por László Kubala.

Dé Aranha: lenda do futebol carioca, o atacante Dé foi contemporâneo de Rivellino no Al-Hilal. Ao deixar o Botafogo, o craque assinou com o clube árabe em 1980, ficando cerca de dois anos por lá. Conquistou uma copa nacional (1980) até retornar para o Bangu. 

Sérgio Soares: reconhecido no futebol paulista, o jogador começou no Juventus. Despertou o interesse dos azuis no início dos anos 1990 contratado em 1992. Em dois anos no Al-Hilal, o meio-campista teve uma passagem vitoriosa, com dois títulos da Copa Árabe de Clubes Campeões. Dizem que a fama do jogador era tamanha que dificultou sair às ruas. Mais tarde foi reserva de Flávio Conceição no Palmeiras, campeão paulista de 1996.

Candinho: o treinador da Portuguesa de 1996 esteve à frente do Hilal em quatro oportunidades. Lá conquistou cinco títulos nacionais conquistados, entre liga, copa e copa da liga. A competência como técnico o fez dirigir a seleção saudita em parte da campanha rumo à Copa de 1994. 

Serginho: mesmo sem se destacar no futebol brasileiro durante passagens pelo Corinthians, Vasco e Botafogo nos anos 1990,o jogador se tornou “Serginho das Arábias”. Jogou no Al-Hilal entre 1999 e 2001 e foi herói na conquista da Copa dos Campeões da Ásia em 2000. Foi eleito o melhor jogador da competição e também do futebol saudita. Ainda no Oriente Médio passou por diversos clubes, mas nunca conseguiu emplacar no Brasil. 

Marcos Paquetá: conquistou reconhecimento por seu trabalho na base do Flamengo e em seleções menores. Em 2003 faturou o Mundial Sub-20 e o Sub-17 com o Brasil. Logo depois, já na Arábia Saudita, foi convidado para treinar o Al-Hilal, onde foi campeão saudita e ganhou a Copa do Rei. Pela reputação, dirigiu a seleção nacional na Copa de 2006. Mesmo com a eliminação precoce, continuou no cargo por mais alguns meses, antes de voltar ao Hilal. Até a contratação de Péricles Chamusca em 2019, foi o último treinador brasileiro do clube.

Camacho: A partir dos anos 2000 o fluxo de jogadores brasileiros no Al-Hilal aumentou. Entre os nomes mais lembrados estão Roni, Túlio (o volante), Leandro Ávila, Somália (o atacante) e Giovanni. Porém, o meia Camacho foi quem mais emplacou. Ex-jogador do Botafogo e responsável por auxiliar o time no acesso à Série B de 2003, marcou o gol que garantiu o troféu do Campeonato Saudita ao Hilal em 2004/05. Ficou apenas duas temporadas, mas foi eleito o melhor jogador estrangeiro no país e conquistou a artilharia do time. 

Thiago Neves: a primeira passagem pelo clube aconteceu em 2009, após passar pelo Hamburgo. Foi uma referência técnica na conquista do Campeonato Saudita em 2009/10. Ainda participou de metade da campanha no bicampeonato, antes de assinar com o Flamengo em 2011. Retornou ao país em 2013 e foi protagonista da equipe na Champions Asiática em 2014. 

Carlos Eduardo: é o brasileiro com mais partidas e mais gols pelo Al-Hilal. Defendeu o clube por cinco anos, de 2015 a 2020 tornando-se ídolo do clube. Marcou 75 gols em 147 partidas, com três títulos sauditas. Apesar de ausente na reta final da Champions Asiática de 2019, fez um excelente Mundial de Clubes e recebeu a Bola de Bronze como terceiro melhor jogador. 

Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...