Na Espanha, a polícia usou uma espécie de ‘armadilha’ para efetuar a prisão de Daniel Alves, detido em 20 de janeiro. Conforme informações do jornal El Correo, os ‘Mossos d’Esquadra’, como é chamada a corporação policial autônoma da Catalunha, foi necessário elaborar um plano capturar o jogador.
Acusado de estupro em uma boate de Barcelona, o atleta caiu no esquema da polícia. A estratégia estava baseada em dois pontos: o vazamento de informações à imprensa e negociação para uma reunião ‘informal’ com o brasileiro.
Tudo começou com a denúncia da vítima. Assim que a jovem espanhola comunicou às autoridades, a polícia começou a ouvir testemunhas. Durante esse processo foram encontrados indícios concretos do crime. As falas não eram conflitantes entre si e os depoimentos tinham coerência.
Além dos testemunhos, a polícia analisou as imagens gravadas por câmeras de segurança da boate, a Sutton. Localizada em Barcelona, em uma região de luxo, a casa noturna recebe shows internacionais e cobra mais de R$ 10 mil por uma garrafa de bebida.
Outros indícios também foram considerados pela polícia catalã. Entre eles, a descrição detalhada de uma tatuagem íntima no corpo do jogador, o relato de uma prima da vítima e o depoimento de um funcionário da boate. Ambas as testemunhas disseram que Daniel Alves foi rude com a jovem, tentando tocá-la insistentemente e insistindo para levá-la à área VIP.
Vazamento de informações
Com a denúncia repleta de provas substanciais, os Mossos d’Esquadra colocaram em prática a primeira parte do plano, divulgando informações para a imprensa. Acuado, o meio-campista decidiu se pronunciar, gravando um vídeo exibido no programa Y Ahora Sonsoles, transmitido pelo canal espanhol Antena 3. Ele negou a acusação de estupro e afirmou não conhecer a vítima. Como resultado, a polícia decidiu prender o jogador. No entanto, era preciso fazê-lo voltar para a Espanha.
Agendamento de reunião
Para atrair Daniel Alves, a corporação aproveitou a morte da sogra do jogador, em Tenerife, para efetuar a prisão. Conforme outro jornal espanhol, o La Vanguardia, conhecendo as acusações contra ele e antes de deixar o México, onde jogava no Puma, o brasileiro pediu que sua advogada negociasse o comparecimento do jogador após os atos fúnebres.
A polícia da Catalunha então agendou uma reunião informal alegando a oportunidade de esclarecer os fatos ocorridos em 30 de dezembro de 2022, no interior da Sutton. Como não estava a par de todas as provas contra si, Daniel compareceu e acabou preso, sem direito à fiança.
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