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Daniel Alves foi preso após polícia catalã elaborar uma ‘armadilha’; conheça detalhes do plano

Estratégia focou em dois pontos: o vazamento de informações à imprensa e negociação para uma reunião 'informal' com o brasileiro
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Publicado em 25/01/2023 às 17h49

 

Na Espanha, a polícia usou uma espécie de ‘armadilha’ para efetuar a prisão de Daniel Alves, detido em 20 de janeiro. Conforme informações do jornal El Correo, os ‘Mossos d’Esquadra’, como é chamada a corporação policial autônoma da Catalunha, foi necessário elaborar um plano capturar o jogador.

Acusado de estupro em uma boate de Barcelona, o atleta caiu no esquema da polícia. A estratégia estava baseada em dois pontos: o vazamento de informações à imprensa e negociação para uma reunião ‘informal’ com o brasileiro.

Tudo começou com a denúncia da vítima. Assim que a jovem espanhola comunicou às autoridades, a polícia começou a ouvir testemunhas. Durante esse processo foram encontrados indícios concretos do crime. As falas não eram conflitantes entre si e os depoimentos tinham coerência. 

 

 

Além dos testemunhos, a polícia analisou as imagens gravadas por câmeras de segurança da boate, a Sutton. Localizada em Barcelona, em uma região de luxo, a casa noturna recebe shows internacionais e cobra mais de R$ 10 mil por uma garrafa de bebida. 

Outros indícios também foram considerados pela polícia catalã. Entre eles, a descrição detalhada de uma tatuagem íntima no corpo do jogador, o relato de uma prima da vítima e o depoimento de um funcionário da boate. Ambas as testemunhas disseram que Daniel Alves foi rude com a jovem, tentando tocá-la insistentemente e insistindo para levá-la à área VIP. 

 

Vazamento de informações

Com a denúncia repleta de provas substanciais, os Mossos d’Esquadra colocaram em prática a primeira parte do plano, divulgando informações para a imprensa. Acuado, o meio-campista decidiu se pronunciar, gravando um vídeo exibido no programa Y Ahora Sonsoles, transmitido pelo canal espanhol Antena 3. Ele negou a acusação de estupro e afirmou não conhecer a vítima. Como resultado, a polícia decidiu prender o jogador. No entanto, era preciso fazê-lo voltar para a Espanha. 

 

Reprodução/El Correo

Agendamento de reunião

Para atrair Daniel Alves, a corporação aproveitou a morte da sogra do jogador, em Tenerife, para efetuar a prisão. Conforme outro jornal espanhol, o La Vanguardia, conhecendo as acusações contra ele e antes de deixar o México, onde jogava no Puma, o brasileiro pediu que sua advogada negociasse o comparecimento do jogador após os atos fúnebres.

A polícia da Catalunha então agendou uma reunião informal alegando a oportunidade de esclarecer os fatos ocorridos em 30 de dezembro de 2022, no interior da Sutton. Como não estava a par de todas as provas contra si, Daniel compareceu e acabou preso, sem direito à fiança. 

 

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Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...