CPI das Pirâmides Financeiras pede indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e mais 44 pessoas

Relatório final da CPI aprova indiciamento de 45 pessoas, incluindo Ronaldinho Gaúcho e proprietários da 123 Milhas
2023-10-10 10:20:50

Na noite da última segunda-feira (9), a CPI das Pirâmides Financeiras aprovou seu relatório final, que resultou no pedido de indiciamento de 45 pessoas, incluindo o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu empresário e irmão, Assis Moreira.

 

O que você precisa saber:

  • O relatório da CPI pede o indiciamento de Ronaldinho Gaúcho e Assis Moreira por estelionato, lavagem de bens e capitais, gestão fraudulenta e operação de instituição financeira sem autorização;
  • Dados do Coaf indicaram o envolvimento de Ronaldinho com a prática de pirâmide financeira por meio de sua empresa, a 18K Ronaldinho;
  • O relatório foi aprovado rapidamente na comissão, sem debate ou leitura completa do resumo do voto do relator.

 

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O relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), acusou Ronaldinho Gaúcho de envolvimento em práticas criminosas, incluindo estelionato, lavagem de bens e capitais, gestão fraudulenta e operação de instituição financeira sem autorização.

Segundo o relatório, dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicaram o envolvimento de Ronaldinho Gaúcho em uma pirâmide financeira por meio de sua empresa, a 18K Ronaldinho. Em sua defesa perante a CPI, Ronaldinho alegou ter sido vítima de empresários que utilizaram seu nome sem seu consentimento, limitando sua participação na empresa à promoção de relógios.

 

 

Defesa de Ronaldinho

O advogado Sérgio Queiroz, que representa Ronaldinho Gaúcho, alegou que não há evidências de ilícito e sugeriu que a CPI busca notoriedade com personalidades. Em uma nota curta, ele declarou: “Inexiste qualquer mínimo indício de prova de qualquer ilícito. A CPI sequer se preocupou em ouvir os proprietários da empresa 18K. Trata-se de tentativa de ganhar os holofotes através de nomes de personalidades.”

 

123 Milhas

Além de Ronaldinho Gaúcho, o relatório pediu o indiciamento de mais 44 pessoas, incluindo oito pessoas ligadas à empresa 123 Milhas, uma agência virtual de venda de passagens e pacotes turísticos. A empresa é acusada de lesar aproximadamente 700 mil clientes, que não conseguiram utilizar os serviços adquiridos, resultando em prejuízos financeiros.

Os principais proprietários da 123 Milhas, Ramiro e Augusto Julio Soares de Madureira, juntamente com a irmã Cristiane Soares Madureira foram acusados, pelo relator, de estelionato, gestão fraudulenta, organização criminosa e lavagem de bens e capitais.

 

 

A empresa 123 Milhas registrou um faturamento de R$ 6 bilhões em 2022, mas, em 2023, enfrentou prejuízos de R$ 490 milhões e entrou com pedido de recuperação judicial. Os proprietários da empresa pediram desculpas aos consumidores prejudicados e afirmaram ter sido surpreendidos pelo mercado de milhas, que, segundo eles, operou constantemente como se o país estivesse em “alta temporada” de turismo.